Ao contrário de Lula, blindado pela militância e pelas corporações armadas do Estado, o ex-presidente Bolsonaro onde chega, carrega consigo as multidões.
Foi assim em Fortaleza quando acompanhou Michelle ao encontro estadual do PL Mulher. Uma simples ida a uma pizzaria o fez ser cercado por uma calorosa multidão de admiradores. O próprio Ciro Gomes (PDT), desafeto do ex-presidente, foi obrigado a reconhecer que Bolsonaro foi recebido como um ator de Hollywood. Isso nos recintos fechados e nas ruas e avenidas alencarinas.
Agora em Belho Horizonte, a recepção foi a mesma. Tanto nos encontros que participou ou participa como nas ruas por onde passou. No aeroporto da capital mineira, foi abraçado por um grupo de motoristas de aplicativos. Brincando, perguntou se eles estavam usando fraldão em alusão à mais nova besteira proferida pelo presidente petista. E foi rápido ao dizer que quem deve usar tal objeto é o ex-presidiário "pelas cagadas que ele faz 24 horas por dia".
Questionado por um repórter sobre o julgamento do TSE sobre o suposto uso da estrutura do governo para promoção de sua campanha à reeleição, Bolsonaro foi enfático ao dizer que Lula também faz transmissões no mesmo local em que ele fazia, ou seja, também faz suas lives presidenciais. A diferença entre eles, enfatizou o líder da direita, é que LULA "FALA PARA OS PASSARINHOS, EU FALO PARA MULTIDÕES". Por fora da bolha lulopetista de Alice No País das Maravilhas, há quem duvide? Claro que não. Até o Ciro sabe que o Capitão é o showman espontâneo das grandes massas.
Enquanto Lula se esforça para manter uma audiência artificial e seletivamente direcionada, Bolsonaro junta multidões sem fazer esforço.