Principais fiadores da candidatura de Lula da Silva (PT) à Presidência após o petista sair da cadeia, Geraldo Alckmin e seu grupo têm vivido experiências de grande desprestígio. Para alguns, mais do que isso, Alckmin e seu grupo têm sido humilhados por Lula.
Nesta última semana, por exemplo, Geraldo Alckmin assistiu de seu gabinete em Brasília (DF) o petista dar à mulher a incumbência de representa-lo no Rio Grande do Sul. Submetido a uma cirurgia, Lula deixou para Rosangela da Silva, mais conhecida como Janja, a tarefa de visitar os gaúchos vítimas de uma tragédia ambiental.
Um profissional de imprensa, em ato falho, tratou Janja da Silva como vice-presidente. A falha do repórter viralizou nas redes sociais. Mas, se justifica pela evidente natureza do papel que a mulher de Lula exercia na viagem.
Mas, esse foi apenas mais um capítulo do desprestígio de Alckmin no Governo Lula. Há menos de um mês, por exemplo, um dos principais aliados de Alckmin, o ex-governador paulista Márcio França, precisou ceder o Ministério dos Portos e Aeroportos. Lula presenteou o partido “Republicanos” com a pasta.
Para diminuir o constrangimento para França, Lula criou o 38° ministério de seu governo: o de “Empreendedorismo e Microempresa”. Passadas três semanas, a nova pasta não tem nenhum nomeado, exceto o próprio ministro, Márcio França. Também não há projetos e orçamentos.
E essa não foi a única humilhação de Lula a Márcio França neste governo. Anteriormente, em março, com pouco mais de dois meses de mandato, Lula passou um pito público em França por ter anunciado um projeto sem consultá-lo. Na ocasião, o então ministro de Portos e Aeroportos havia prometido um programa de passagens aéreas a 200 reais.