A esquerda, dentre as suas construções ideológicas, criou o enredo da vitimização permanente. Amparada nos preconceitos que violentam nossa sociedade, ela se ampara nestes para criar factoides e distorcer a realidade a seu favor.
Quando o então vereador Renato Freitas (PT) foi cassado porque invadiu e profanou uma igreja em Curitiba e agrediu seus fieis, a grande maioria de idosos, a esquerda disse que sua cassação foi motivada por racismo. Quando a deputada federal Maria do Rosário, também petista, quase bate no rosto de Bolsonaro e recebeu uma resposta verbal, saiu acusando o então deputado federal de violência e misoginia. Mas quando o ator petista José de Abreu cuspiu no rosto de uma senhora em um restaurante, ninguém falou nada. Afinal, ela era branca e de direita. É assim que funciona a ideologia esquerdista brasileira.
Um dos expoentes dessa ideologia é a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). Desconhecida nacionalmente, a deputada começa a aparecer nos noticiários nacionais não por projetos de Lei, capacidade intelectual, capacidade discursiva, poder dialogal ou ser uma exímia articuladora, mas simplesmente pelo fato de ser uma barraqueira de carreira. Não a que vende em barraca ou que mora em barraco, mas a que arma barraco.
Conhecida por seus pares parlamentares, Sâmia é aquela deputada que esculacha todos os adversários - para ela inimigos viscerais - sem pudor nem decoro e interrompe, aos gritos, a fala de todos, mas que, quando vai falar, não aceita nenhuma interrupção. Se isso acontece ou alguma crítica lhe é direcionada, lá vem a mesma resposta surrada: " É porque sou mulher". "Você é misógino". "Você agrediu UMA parlamentar".
Eis que na sessão da CPI do MST na última quinta-feira (03.08), a parlamentar, como é do seu feitio, mais uma vez, de novo, novamente e bisando sua atuação destemperada, fez o mesmo quando o deputado federal tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) passou a usar a palavra. Diante da performance emocionalmente descontrolada da psolista, Zucco perguntou se a deputada queria "um calmante ou hambúrguer para se acalmar". Foi o bastante para a montagem de mais uma cena do grande circo ideológico.
A parlamentar, em nome da narrativa ideológica, passou de agressora destemperada a vítima da situação. Condição surreal para o PSOL entrar com uma representação no Conselho de Ética pedindo a cassação do deputado republicano por "manifestação covarde", "conduta machista e misógina" e "propagação da violência política de gênero".
A deputada Sâmia é a expressão mais fiel do vitimismo ideológico da esquerda brasileira. Mas será que ela não gostou do hambúrguer - pode ser a representação metafórica de uma expressão de gordofobia, quem sabe - ou do Rivotril? Aliás, estou pensando em processar um amigo meu que riu ontem quando contei uma piada. Penso que, como estou faltando dois dentes na parte frontal da boca, o riso dele, em verdade, foi uma atitude de banguelofobia.