As eleições municipais de Juazeiro do Norte/CE são marcadas por um forte sentimento de mudança e por uma expressiva venda de votos, quer por dinheiro, produtos ou promessas de nomeações, contratos, licitações ou outras benesses pessoais.

Há décadas não existe um prefeito reeleito consecutivamente. E aqui vale a gente raciocinar se o problema central está nos prefeitos que perdem a reeleição ou no eleitorado juazeirense que a cada final de mandato se encontra, em sua maioria, sempre descontente. E aí lembro daquela minha amiga que diz não ter sorte no amor, pois sempre é deixada por seu namorado de plantão. Mas se a população juazeirense é essa namorada às avessas, será que o erro dela não está na forma de se relacionar com os seus namorados escanteados? Elucubremo-nos.

E já que o ano vindouro será de sucessão ao Executivo municipal, os bastidores da política juazeirense já estão aquecidos com a aparição de várias candidaturas. Até o presente momento, são dez pré-candidaturas, pois não contabilizo a de Toinha do Sindicato, uma vez que não conversei com ela sobre a robustez da informação de sua pretensão ao Executivo. Sem saber se é boato ou não, não levantarei seu nome em vão.

O fato é que na tribo ciceropolitana tem mais cacique que índio. Mas acredito que ano que vem o processo eleitoral juazeirense deve resumir-se a quatro candidaturas. Em verdade, alguns nomes são lançados para ver se conseguem alguma projeção para um acordo vantajoso.

Nesse bafulê sucessório, exageros e minimizações, fantasias e choques de realidade, maquiagens e verdades nuas e cruas se cruzam em efusivo coito antierótico.

Ao decorrer desta semana, o Sovaco de Cobra falará sobre as pré-candidaturas até aqui ventiladas, sendo que somente uma, até o momento, é declarada como certa: a do prefeito Glêdson Bezerra (PODE) que, por ser o atual gestor, é um candidato natural à continuidade no Poder Executivo.