E a reunião extraordinária da cúpula do PDT cearense marcada para hoje (07.07) não aconteceu, pois ficou desprovida de objetivo após acordo entre os blocos de Ciro (os independentes) e o de Cid (os lulopetistas), costurado pelo diretório nacional, forçar o presidente regional (estadual) André Figueiredo a pedir uma licença conciliatória. Uma incontestável vitória de Lula e Camilo Santana.
Assim, Ciro Gomes fica isolado dentro do próprio partido, pois seu irmão "Brutus" Cid Gomes assume a presidência da agremiação para centralizar a bancada parlamentar em apoio a Elmano de Freitas, no cenário estadual, e a Lula, no cenário nacional, bem como articular acordos nos municípios visando colocar os candidatos pedetistas às eleições de 2024 à sombra do PT cearense.
André se ausenta argumentando que o acordo traz pacificação e que se sustenta na promessa de Cid de apoiar seu retorno à presidência do PDT cearense em dezembro deste ano. Mas é evidente que o que acontece no PDT não é uma mera disputa sucessória, mas o embate entre o cirismo anti-Lula e o cidismo pró-Camilo Santana.
Depois de desidratado eleitoralmente em nível nacional por uma campanha do lulopetismo baseada no voto útil nas eleições de 2022, Ciro agora se isola no PDT cearense após a investida fisiológica de Lula sobre Carlos Lupi e Cid Gomes - o primeiro agraciado com a máquina da Previdência Social e o segundo presenteado com a Companhia Docas do Ceará, cujo comando ficou com seu apaniguado Lúcio Gomes.
Ciro vomita verdades cabeludas sobre o desonrado presidente da República. Mas é Lula quem, passo a passo, está triturando o ex-ministro.
A agora, Ciro, o que fazer depois que o seu partido virou um puxadinho do PT?