Lula já disse que a Ucrânia é responsável pela invasão militar do seu próprio território, algo nunca visto antes na história das nações; não deu para entender nada, salvo sua vontade de bajular o invasor. Anda, desde que assumiu a Presidência, com uma ideia fixa: eliminar o dólar como meio de pagamento para as transações do comércio mundial.
A última da série não consegue se qualificar, nem mesmo, como declaração cretina — é apenas um desvario sem sinais mínimos de vida inteligente. Lula disse, numa entrevista, que a Venezuela é uma “democracia”. Venezuela? Democracia? Isso mesmo. Segundo o presidente, a Venezuela é uma democracia, e pelo jeito que falou, das boas.
Até a Coreia do Norte tem eleições — e quem não for votar está sujeito à pena de morte, ou à prisão perpétua, ou à coisa parecida.
A explicação de Lula é ainda pior. “A Venezuela tem mais eleições que o Brasil”, disse ele. Pronto, fica tudo resolvido: se o país tem eleição, tem democracia. É mesmo? A China também tem eleições; não deixa passar uma. Cuba tem eleições. A Guiné, um desses colossos que o Itamaraty de Celso Amorim tanto ama, tem eleições — só que o presidente é o mesmo há 44 anos. Até a Coreia do Norte tem eleições — e quem não for votar está sujeito à pena de morte, ou à prisão perpétua, ou à coisa parecida.
Sim, a Venezuela faz eleição. E daí? Segundo a avaliação de todas as democracias sérias do mundo, o governo frauda as eleições; é óbvio que ganha todas. O resumo da ópera é que há ditaduras sem eleição e ditaduras com eleição. A Venezuela é do modelo “com eleição”. É só isso.