Floriano de Azevedo Marques Neto e André Ramos Tavares, indicados por Lula para o TSE, votaram hoje (29.06) pela inelegibilidade de Bolsonaro (PL). Embora com um discurso de que não julgam uma linha ideológica e sim uma conduta, em verdade estão seguindo a vontade daquele que foi o seu QI (Quem Indicou) para o Tribunal Eleitoral.
Os dois se somam ao voto do relator Benedito Gonçalves e deixam claro, na justificativa do voto, que o "crime" de Bolsonaro foi desafiar o Judiciário.
A posição dos ministros mostram nitidamente se tratar de uma vingança e não de uma deliberação ajuizada em elementos que tenham a menor razoabilidade para a inelegibilidade do ex-presidente.
Será crime duvidar da eficácia das urnas eletrônicas? Se é, então prendam o ministro da Previdência Social de Lula, Carlos Luppi (PDT), que falou publicamente e nas redes sociais que as urnas não possuíam a confiabilidade necessária para atestarem 100% de lisura ao processo eleitoral.
Dilma foi cassada e, contrariando a Constituição, foi-lhe dado o "direito" ilícito de concorrer ao Senado em 2018. Lula foi preso e condenado em três instâncias, mas teve a elegibilidade garantida para as eleições de 2022. Mas Bolsonaro está para se tornar inelegível por emitir uma opinião desfavorável à eficácia das urnas eletrônicas. Ora! Eis o verdadeiro golpe: tirar da próxima disputa presidencial o maior nome da direita brasileira.
E isso é só o começo.