A destinação dos recursos beneficiou os principais partidos aliados do governo, como o PT (R$ 197,2 milhões), o PSD (R$ 156,9 mi), o MDB (R$ 144,7 mi), o União Brasil (R$ 131 mi), e o Progressistas (R$118,6 mi).
O União Brasil comanda três ministérios (Comunicações, Turismo e Integração Nacional), mas se diz independente e, na votação do projeto de decreto legislativo (PDL), que derrubou os decretos de Lula que alteraram as regras do Marco do Saneamento, entregou 48 votos para anular a medida do presidente.
Dos congressistas mais contemplados, os dados apontam um privilégio aos senadores, que representam 9 dos 10 parlamentares que mais receberam emendas, sendo os três primeiros: Mara Gabrilli (PSDB-SP), que recebeu R$ 26,7 milhões em emendas; Daniella Ribeiro (PSD-PB), com R$ 23,2 milhões; e Jayme Campos (União-MT), com R$ 16,8 milhões.
Quem também aparece no top-10 dos congressistas mais agraciados com recursos até aqui é o senador Romário, do Partido Liberal, mesma sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. A aprovação, a toque de caixa, do PDL que derrubou os decretos sobre o Marco do Saneamento, foi interpretada como uma importante – e inesperada – derrota do Palácio do Planalto na Câmara, especialmente pelo apoio de partidos aliados do governo ao texto.
Entre os parlamentares, o entendimento é que a dificuldade do Planalto de consolidar uma maioria no Congresso Nacional vem, sobretudo, das falhas na articulação, mas também pelo descumprimento de acordos. Entre eles, o da liberação de emendas parlamentares.
Com isso, governo buscou liberar parte das emendas como um aceno aos parlamentares, cerca de uma semana antes da Câmara colocar para votação a proposta do novo arcabouço fiscal.
Veja abaixo os 10 partidos mais contemplados:
Veja abaixo os 10 parlamentares que mais receberam emendas: