O Projeto de Lei (PL) 2630/2020 — o Projeto da Censura — deve ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 2. Na véspera da análise, mais parlamentares mudaram de lado e passaram a marcar posição contra a aprovação do tema.
Segundo a plataforma pldacensura.com, que se propõe a mostrar em tempo real o posicionamento de cada deputado sobre o assunto, o placar “pela liberdade” ampliou a vantagem sobre àqueles que anunciam voto “pela censura”. Às 20h40 desta segunda-feira, 1º, o placar está em 241 contra 216.
A base contra a aprovação do projeto cresceu nos últimos dias. No sábado 29, o placar mostrava 233 versus 223. No dia seguinte, a parcial foi 237 contra a aprovação do projeto e 219 favoráveis.
A movimentação em direção à rejeição do projeto, que na Câmara dos Deputados tem Orlando Silva (PCdoB) como relator, ocorre em meio aos posicionamentos de siglas e frentes parlamentares. A Bancada Evangélica, por exemplo, garantiu que votará contra o Projeto da Censura. A mesma postura foi anunciada pelo presidente nacional do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP).
Fora do Congresso Nacional, big techs também têm se posicionado contra o avanço do Projeto da Censura. Google e YouTube, que pertencem à empresa Alphabet, divulgaram notas em repúdio ao texto final do PL 2630/2020. A Meta — companhia responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp — afirmou que a proposta lembra o que existe em “regimes antidemocráticos”.