Mesmo antes de completar três meses de governo, Lula já desce a ladeira embalado em generosas doses de boa cachaça. Proclamado vitorioso em um processo eleitoral viciado que teve o resultado oficial mais apertado da História presidencial da República, até agora o petista não cumpriu nenhuma de suas propostas falaciosas de palanque.
Aumentando apenas R$ 18,00 no salário mínimo incialmente projetado e não isentando do Imposto de Renda a parcela que prometeu, fez retornar os impostos e o aumento do preço dos combustíveis. Aqui quero fazer um breve parênteses.
Outro dia vi no storie de uma amigo DOENTE por Lula, um vídeo publicado por ele em um posto de gasolina onde o preço da gasolina tinha baixado. Em seu afã ideológico, esqueceu de dizer que o proprietário do posto é eleitor de Bolsonaro e que o preço em questão é algo sui generis no Brasil, pois a gasolina subiu 9% em todo o País.
Mas saindo do seguidor fanático e passando ao petista governante, foi lamentável para o PT e para a esquerda brasileira (excetuando-se o PSTU, é bem verdade) a vaia que o Lula levou em Recife, na última quarta-feira (22.03), dos profissionais de Enfermagem. O mesmo aconteceu com alguns políticos convidados. Desconcertado, o ex-presidiário contra-atacou: "As pessoas que vaiaram a governadora de Pernambuco deveriam ter vaiado Bolsonaro durante os quatro anos de governo dele. Raquel é nossa adversária, mas aqui é nossa convidada. Podem me vaiar à vontade, mas respeitem meus convidados". É inacreditável como o descondenado não tira Bolsonaro da boca.
As vaias foram bem dadas, embora não bem digeridas. Afinal, os profissionais da Enfermagem, a partir dos votos dos ministros do STF apoiadores de Lula, perderam o seu piso nacional defendido pelo ex-presidente e por seus indicados no tribunal dito supremo. E a picanha até agora não chegou. E vai comendo ovo, Seu Jenicocó dos Cachos Anelados!
Mas passando de picanha para boi de piranha, Lula se superou esta semana em relação a suas falácias embriagadas. Depois de dizer que o plano do PCC (seu aliado cabuloso) para matar o senador Sérgio Moro (UB-PR) foi uma armação do próprio ex-juiz e ser desmentido pela Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), através de nota assinada pelo seu presidente Luciano Leiro, e pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável pela transferência de Marcola para um presídio federal, Lula voltou atrás e afirmou, no Telegram, que tinha salvo a vida do Moro através da ação de "sua" Polícia Federal. Eita maconha mal bebida!
O comentário irresponsável de Lula ao acusar Moro de planejar a própria morte gerou reações imediatas no Congresso Nacional onde parlamentares falaram em Impeachment e até mesmo em teste de sanidade para saber se o presidente está demente ou não.
É evidente que a vaia dos profissionais da Enfermagem, categorias majoritariamente eleitoras do descondenado, na região mais lulopetista do Brasil afetou o equilíbrio (ou o que dele resta) de Lula. Mas dizem as boas línguas que a declaração acerca da "armação" de Moro contra Moro foi o efeito de umas das duas cachaças com a qual o petista se enxarcou no encontro com a Marinha. Segundo me disseram, foi uma tal de 171, parente malquista e distante da 51. A 171, mesmo em dosagem baixa, é uma cachaça que vira o juízo.
