No discurso do lançamento da reedição do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (PRONACI II), realizado na última quarta-feira (15.03), Lula voltou a atacar policiais e defender bandidos.
Para Lula, os policiais precisam de requalificação profissional através de cursos "para que aprendam a ter um comportamento mais adequado, mais civilizado no trato com o ser humano".
Lula já tinha insinuado que os policiais não eram gente, durante a campanha eleitoral, ao afirmar que Bolsonaro não gostava de gente, só gostava de policiais. Agora, na mesma tônica, mas com um verniz "humanitário", fala em requalificação para a criação de uma "nova polícia". Uma polícia que enfrente o narcotráfico armado até os dentes com uma canção de amor e um buquê de rosas nas mãos.
No discurso, o presidente voltou a vitimizar os criminosos. Lula já disse e redisse zil vezes que os "garotos" roubam celulares só para tomar uma cervejinha, como se subtrair ou matar um estudante, uma mãe e um trabalhador para roubar o tal objeto fosse a coisa mais compreensível do mundo. Na quarta-feira, falou da "inocência" dos jovens criminosos que são "VÍTIMAS" de suas próprias ações.
"Quando você prende um jovem de 18, 19 anos, qual a chance você está dando para esse jovem? O menino vai sair da cadeia pior do que entrou, talvez mais bandido do que tenha entrado. Porque ele entrou um INOCENTE, ou seja, uma VÍTIMA de um delito que muitas vezes não tinha clareza do porquê estava cometendo aquilo e vais sair um ser humano violento", falou o petista.
Como é romântico ouvir o presidente falar que um criminoso de 19 anos que já tem mortes de pessoas inocentes e trabalhadoras nas costas não sabe o que está fazendo. Em outras palavras, segundo a ideologia esquerdista brasileira, um jovem de 16 anos já pode ter filhos e tem consciência política e social para votar e escolher o destino do País, mas não sabe que roubar e assassinar por motivo torpe e cruel são crimes. Quanta hipocrisia!
Os argumentos maiores do discurso de Lula foram, em se tratando de bandidos, a ressocialização; em se tratando de policiais, a reconfiguração do papel e dos procedimentos desses profissionais.
A ressocialização é sim uma tarefa importantíssima da Segurança Pública, mas não é a principal. Esta é a proteção da sociedade contra a violência dos criminosos.
Lula cria um sofisma partindo de uma premissa básica importante, a ressocialização, para daí defender a condição de vítima do bandido.
A ressocialização é necessária, imprescindível, mas já está provado que a absoluta maioria dos criminosos reincidem na vida da ilegalidade. O próprio presidente é um exemplo. Como ex-presidiário, de volta ao poder, voltou a cometer os mesmos crimes que o levaram à cadeia. Provavelmente o discurso de Lula na quarta-feira tenha sido feito em causa própria.