O Caldeirão Com Hulk, seguindo a tradição do Domingão do Faustão, apresentou no domingo (25.12) de Natal sua premiação Os Melhores do Ano, o que, em verdade, deveria se chamar Os Melhores da Globo, pois somente as figurinhas da emissora são concorrentes.
Supostamente democrática no discurso e com uma prática ditatorialmente seletiva em sua linha ideológica, a premiação do plim-plim sequer chega ao nível de abertura da premiação apresentada pelo SBT que abria suas portas para os profissionais de todas as TVs. Essa sim uma premiação democrática.
Mas se a premiação da Globo sempre foi restrita ao seu próprio elenco, a deste ano foi mais restrita ainda, pois assumiu um tom meramente político e ideológico. A cultura ficou em último lugar.
Tão sofrível como o velório da viúva Marisa onde o ex-presidente Lula o transformou em um comício eleitoral, o evento Global de domingo teve a mesma tônica, só que com um diapasão diametralmente oposto. O cinismo era o mesmo, mais as risadas das piadas sem graça dos globalistas contrastaram com o quadro do luto proselitista da ex-esposa do petista. Entretanto, embora com trejeitos distintos, a piada foi a mesma.
Os globalistas transformaram o que seria um show de premiação em data natalina em um espetáculo dantesco de discursos inflamados entremeados de piadas de péssimo gosto onde até a morte do empresário Luciano Hang, que gera milhares de empregos e contribui para o crescimento do PIB, foi alvo de desejo de morte.
Em vez de um show, uma enxurrada de lamúrias e lamentáveis perspectivas. Em vez de respeito ao Brasil, uma celebração da hipocrisia. Os Melhores do Ano foram, possivelmente, os melhores da Globo. E, no atual contexto, os piores do ano.