Ao ser interpelado pelo Presidente da República Jair Bolsonaro sobre a criação de empregos do atual governo, que alcançou recorde histórico de carteiras assinadas, Lula respondeu desqualificando os microempreendedores individuais, conhecidos pela sigla MEI.
Embora Bolsonaro falasse de empregos de carteira assinada, Lula afirmou que MEIs entram na conta de carteiras assinadas apresentada pelo presidente. Segundo Lula, “eles [o governo] colocaram o MEI como se fosse emprego”.
A fala de Lula gerou reações imediatas. O MEI é uma categoria de trabalho e cada MEI é um trabalhador como qualquer outro de carteira assinada, mas que pelas características de sua atividade, não presta serviço para um determinado empregador, mas para clientes diversos, o que torna inviável a assinatura de carteira.
No lugar da carteira assinada, o MEI emite nota fiscal e recolhe contribuição previdenciária como qualquer trabalhador. Atualmente há cerca de 14 milhões de MEIs no país.
A visão de Lula sobre o MEI preocupou os profissionais, que agora temem que Lula acabe com o sistema. É mais um setor que se preocupa com declarações de Lula, que sempre apresenta uma visão sobre a empregabilidade do século 19.
Entregadores de delivery e motoristas de aplicativo também temem perder seus trabalhos em função das falas de Lula sobre essas modalidades de trabalhos. Na Colômbia, por exemplo, o aplicativo iFood encerrou suas atividades e deixará o país depois da chegada do presidente socialista Gustavo Petro, aliado de Lula e que comunga da mesma visão do petista.
A fala de Lula gerou uma avalanche de críticas indignadas de internautas, dentre eles muitos MEIs.