A picanha prometida por Lula não se sabe se chegará, mas o churrasco argentino ficou mais raro após a chegada de Fernández ao poder. O consumo de carne bovina na Argentina é o menor em 100 anos.
Um relatório da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) demonstra que, em 2021, a média de consumo de carne bovina foi de 47,8 quilos por habitante por ano. Segundo o documento, a Argentina somente atingiu um índice menor em 1920, ocasião em que era de 46,9 quilos por habitante por ano.
Na propaganda eleitoral de Fernández em 2019, um homem aparecia em frente a uma churrasqueira apagada e cheia de entulhos. Na publicidade, o locutor prometia novos tempos para os argentinos.
Mas, ocorreu exatamente o contrário: a carne ficou mais cara assim que Fernández se tornou presidente. De acordo com o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina, a costela, por exemplo, que custava 290,47 pesos em dezembro de 2019, subiu para 1.113,06 pesos no mês passado (alta de 283%). O mesmo ocorreu com a alcatra, que aumentou de 352,13 pesos para 1.275,81 pesos (reajuste de 262%).
Lula tem repetido a promessa de Fernandez. Segundo o petista, se ele vencer, o preço da carne no país vai diminuir, pois “o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha“. A promessa é idêntica e o resultado provavelmente também seria em caso de vitória de Lula.