Lula (PT) tem uma maneira muito estranha de buscar aliança com Ciro Gomes (PDT) no 2º turno: investir pesado nos eleitores do seu ex-ministro.
Apregoando a velha cantilena do voto útil, a candidatura de Lula, como pode ser visto nas peças publicitárias do horário eleitoral gratuito e nas falas do ex-presidente, passou a investir massivamente no eleitorado do pedetista. Como sabe que não tira votos do eleitorado bolsonarista, ataca a base daquele a quem diz querer selar aliança caso chegue ao segundo turno.
Essa campanha lulopetista inicialmente tem tido certo êxito. Conheço pessoas que se dizem ciristas de coração declarar voto em Lula no primeiro turno em nome do voto útil.
Ora! Mas ainda faltam 20 dias e a situação não está nada definida. Em política tudo pode acontecer, até mesmo Ciro dar uma alavancada nas intenções de voto e conquistar os eleitores que ainda estão indecisos.
A vitória da campanha do voto útil de Lula será a derrota de Ciro. Por outro lado, sua derrota pode erigir-se enquanto fortalecimento da terceira via. Ainda tem muita gente que pensa que um segundo turno ideal seria um embate entre Ciro e Bolsonaro.
Enquanto isso, segue a política lulopetista de tentar pulverizar a influência de Ciro através de uma campanha que coloca o eleitoreirismo barato acima dos argumentos que deveriam ser o centro da atenção. Fazer o quê? Com o PT se nivela por baixo.