O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR) se pronunciou sobre o mandado de busca e apreensão que foi cumprido neste sábado, 3, a pedido do PT. O motivo da operação autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) foi que os nomes dos suplentes foram impressos, supostamente, menores do que o devido.
“Hoje, o PT mostrou a ‘democracia’ que pretende instaurar no país”, escreveu Moro nas redes sociais. “Estão promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido.”
Inicialmente, a informação da busca e apreensão foi noticiada pela coluna da jornalista Mônica Bergamo. Depois, a assessoria de Moro se pronunciou dizendo que nada foi apreendido na busca. “Se refere somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular”, comunicou. “Contudo, isso não corresponde com a verdade. Os nomes correspondem às regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica vai pedir a reconsideração da decisão”.
“Moro tem publicado propaganda irregular diante da desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, disse à Justiça o advogado Luiz Eduardo Peccinin.
Procurado pela Oeste, o TRE-PR informou que o processo corre em segredo de Justiça. “Não há ainda nos autos informação sobre o cumprimento do mandado de busca e apreensão. Estamos acompanhando o andamento e no aguardo de mais informações”, respondeu.
Nas mídias sociais, o ex-juiz da Lava-Jato ainda relembrou os crimes cometidos durante a gestão petista no Brasil. “Isso não é nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os Governos do PT e do Lula”, redigiu. “Não me intimidarão, mas repudio à tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família.”
Além de Moro, a Justiça Eleitoral também cumpriu, hoje, outro mandado de busca e apreensão na casa de Paulo Eduardo Martins (PL-PR), candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Senado pelo Paraná.
“A pedido da federação do PT, a Justiça Eleitoral apreendeu parte do meu material de campanha”, escreveu Martins nas redes sociais. “A justificativa é que os nomes dos suplentes não estavam no tamanho correto. Pela mesma razão determinou a remoção de links. Serão muitas batalhas, mas vamos lutar e vencer.”
A Justiça também determinou que ambos os candidatos apagassem todos os vídeos do canal do YouTube, inclusive os que continham críticas a Lula (PT). Além de tantas outras publicações nas redes sociais de campanha.