O governo Glêdson Bezerra (PODE) é capaz de demolir qualquer vã ilusão.
Certa vez, em uma noite à frente do Memorial Padre Cícero, disse ao hoje vice-prefeito de Juazeiro do Norte/CE Giovanni Sampaio (PSD) que ele não era uma pessoa de meias palavras e, como tal, não dizia meias verdades que acabam por ser meias mentiras. Enganei-me.
Giovanni, em verdade, tem as palavras que agradam aqueles a quem está servindo no momento, independente do conteúdo político da pessoa em questão. Não é uma questão de princípios, mas de pragmatismo político em benefício dos próprios interesses. Daí ter casado tão bem com Glêdson Bezerra.
Ao longo de sua trajetória política, desde a década de 90, Giovanni tem estado ao lado de quem governa o Ceará, ou seja, está sempre à sombra do poder.
Apoiou Lúcio Alcântara quando este era governador. Mas se bandeou para o seu adversário Cid Gomes tão logo este chegou ao Executivo estadual. Hoje está com Camilo Santana, cria de Cid, e Fernando Santana, cria de Camilo, pois o ex-governador tem a atual governadora Izolda Cela na palma da mão.
Em 2016, deixou Raimundão para ser vice de Zé Arnon para, em 2020, deixar Arnon para ser vice de Glêdson. Mas antes já esteve no governo municipal do petista Santana. Como um sinalizador eleitoral, pragmatiza sua ação segundo a perspectiva desenhada.
Certa vez, conversando com uma pessoa de muito cacife na política juazeirense, disse-lhe que Giovanni não agregava votos. Ela respondeu: "Mas tira". E isso é uma verdade, já que o vice-prefeito é mais conhecido pelo brado contra os adversários que por sua empatia eleitoral. Apesar de desenvolver um trabalho voluntário como médico, é antipatizado, dentre outras coisas, pelo seu histórico de ataques políticos carregados de ofensas pessoais e por suas agressões físicas. Seu estilo "coronelístico", expresso na máxima que costuma ou costumava falar - "O que peia e dinheiro não resolver é porque foi pouco" - o condena.
Recentemente, em uma entrevista para um portal de notícias local, disse que as rádios de Juazeiro do Norte, o Jornal do Cariri, o referido portal que o estava entrevistando e o Cariri É Isso têm credibilidade junto à população, enquanto o restante está a serviço de terceiros, sustentado por esmolas e contribuições de candidatos.
Usando da mesma ladainha do lulopetismo que santifica tudo que está ao seu lado e demoniza tudo que a ele se opõe, Giovanni faz o mesmo discurso da inversão de valores, pois tenta negar que o grosso da mídia que defende seu desastroso governo está na folha de pagamento da Comunicação do governo municipal.
Assim, amenizando seu historicamente estilo casca grossa, faz comentários depreciativos contra a pequeníssima parte da imprensa que faz um trabalho denunciando as mazelas do governo do qual é vice-prefeito. É a velha política de estigmatizar, tentar desqualificar para minimizar as denúncias e esconder os próprios defeitos.
Se Giovanni está melhorando - e muito - em controlar a sua impulsividade, não o consegue fazer em relação à sua prática antiga de tentar queimar quem lhe é oposição.
Não é o vice-prefeito de Juazeiro de Norte quem pode dizer qual setor da imprensa tem ou não credibilidade, mas sim o próprio povo juazeirense.
Interessante é que o ataque gratuito de Giovanni veio a partir de uma pergunta do repórter do supracitado portal indagando sobre quem estaria tentando desacreditar sua candidatura a deputado federal, deixa esta aproveitada para que destilasse seu ódio sobre aqueles que levam informação sem o lastro da postura chapa branca.
Ora! Foi em um programa de rádio onde a candidatura dele foi mais posta em interrogação com todas as nuances da possibilidade de retirada colocada. Mas disso parece que ele não tem conhecimento.
Quanto ao Sovaco de Cobra, em nenhum momento levantou a possibilidade da retirada da tal candidatura, não recebeu um único centavo de qualquer candidato contrário ou a favor do atual governo municipal e não vive de esmolar. O próprio Giovanni, em certa noite, no 8º andar do Centro Cultural Banco do Nordeste, perguntou-me se poderia intervir no sentido de me reintegrar ao governo Raimundo Macêdo. Agradecido à sua solicitude, minha resposta foi enfática: NÃO.
Infelizmente Giovanni continua a delinear sua política de ataques gratuitos com o único intuito de querer jogar sombras sobre aqueles que trazem à luz do dia informações sobre as graves ações do sombrio governo municipal juazeirense.