Ontem (07.05) pela manhã, as pré-candidaturas de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) movimentaram a esquerda majoritária paulista. O lançamento da chapa em São Paulo contou com o PT, o PSB, o PCdoB, o Solidariedade, o PSOL, o PV, a Rede, as centrais sindicais ligadas a esses partidos e os movimentos de esquerda.
O evento contou com uma inovação: o discurso de Lula foi lido. Preocupado com o que Lula tem falado nos últimos meses, o novo comando da pré-campanha do petista decidiu por entregar o discurso pronto. Lula, que ultimamente falou pérolas do folclore político como a de acabar com a Guerra da Ucrânia em uma mesa de bar bebendo uma grade de cerveja e a de que Bolsonaro não gosta de gente, só gosta de polícia, além de muitas outras, ligou o sinal de alerta da pré-campanha. Taí o discurso já chegar pronto para ser lido no evento de ontem.
Já Alckmin, ex-adversário de Lula que cansou de chamar o ex-presidente de ladrão, mostrou-se derretido pelo novo parceiro ao ponto de dizer, mencionando o ex-prefeito de São Paulo: "Hoje é um dia especial. Saio daqui, Haddad, na expectativa de que nós vamos comer chuchu com lula". Para quem não sabe, Picolé de Chuchu era como a militância petista chamava o agora vice-presidente de Lula. Uma maneira de dizer que o então tucano era um político insosso.
A aliança entre Lula e Alckmin foi aprovada pelo diretório nacional do PT em 13 de abril, com 68 votos favoráveis e 16 contrários (desses, 13 aprovavam a coligação com o PSB sem Alckmin e 3 eram contrários à coligação).