Neste 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, o Brasil mais uma vez demonstrará sua correlação de forças em meio à polarização entre os que apoiam o presidente da República Jair Messias Bolsonaro e a esquerda e centro-esquerda que apoiam Lula e outros presidenciáveis de oposição.
Essa mesma situação aconteceu em 7 de setembro do ano passado onde os bolsonaristas levaram a melhor com uma ampla vantagem, colocando aproximadamente 90% de pessoas a mais nas ruas que os atos da CNBB com os partidos de esquerda e os movimentos sociais organizados. Na Av. Paulista, o ato em defesa de Bolsonaro colocou 125 mil pessoas, enquanto no Vale do Anhangabaú o ato Fora Bolsonaro! reuniu apenas 15 mil pessoas.
Este ano, a esquerda fará suas manifestações tradicionais e o Fora Bolsonaro! estará presente em todos eles. Por outro lado, o bolsonarismo fará atos em defesa da Constituição e pela liberdade de Daniel Silveira (PTB/RJ), deputado federal que é ferrenho crítico das decisões do STF. Assim como em 2021, a defesa de Bolsonaro e as críticas contundentes ao Tribunal estarão no centro das intervenções e nos materiais do movimento.
As manifestações de rua, até o momento, não coincidem com as pesquisas de intenção de voto onde o ex-presidente Lula aparece à frente. O ex-presidente não consegue realizar grandes atos de rua com presença popular e as manifestações da esquerda (partidos, sindicatos, entidades estudantis, camponesas etc.) não conseguem, nem de longe, colocar pessoas nas ruas como faziam quando eram oposição ao governo FHC ou quando estavam no poder com Lula e Dilma. Os atos que Lula participa são eventos que contam tão somente com a militância organizada.
Hoje será um histórico 1º de maio que demonstrará como está a correlação de forças no Brasil. Quem terá maior capacidade de mobilização, bolsonaristas ou oposição?