O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará que absolveu a chapa Glêdson Bezerra Bezerra (PODE)/Giovanni Sampaio (PSD) e o empresário Gilmar Bender por 7 X 0, no último dia 18, da gravíssima acusação de abuso de poder econômico nas eleições juazeirenses de 2020, condenou hoje, uma semana depois, o ex-prefeito e o ex-vice-prefeito de Barbalha, respectivamente Argemiro Sampaio e Zé Ernandes, a 8 anos de inelegibilidade e uma multa de R$ 30 mil para cada. O órgão eleitoral demonstra, assim, que faz julgamentos se utilizando de dois pesos e duas medidas.

Argemiro e Ernandes foram condenados por uso indevido dos meios de comunicação social porque, segundo ação movida pelo Ministério Público Eleitoral, utilizaram as redes sociais e o site da Prefeitura para autopromoção política.

O Sovaco de Cobra não discorda da decisão de hoje do TRE, mas do julgamento do dia 18. Agora fica mais evidente para a população juazeirense, que enxerga no TRE um antro de corrupção, que realmente o órgão age, por vezes, direcionado por interesses não jurídicos.

Glêdson e Giovanni, através da estrutura montada por Gilmar, tiveram em sua campanha a utilização de helicóptero de uma empresa particular (do Gilmar) que é notoriamente vedada pela legislação eleitoral, além de contas desaprovadas onde se encontram a existência de distribuição eleitoreira de muita gasolina e outros gastos não declarados.

Quando se coloca a decisão de hoje e a do dia 18, aumenta a crença da população juazeirense naquele ditado: O que peia e dinheiro não resolver é porque foi pouco. Assim, o TRE alimenta a descrença do povo na Justiça e consolida a ideia que sustenta que esses tribunais funcionam como grandes balcões de negócios.

P. S.: Como disse um empresário amigo meu, Argemiro não está em evidência, não tem mais mandato. E eu completei: nem tem um Fernando Santana por ele apaixonado. Quando o PT trabalha em favor de um rival o povo é que leva pau.