O novo casamento de Sérgio Moro com o União Brasil (UB) começou atribulado e enfrenta resistência da cúpula do antigo DEM, principalmente de ACM Neto que disse que entrará com um pedido de impugnação da filiação do ex-juiz caso ele não seja demovido da ideia de continuar como pré-candidato da terceira via.
A ida de Moro para o UB teve como pontos principais as exigências de sua mudança de domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo e sua desistência à pré-candidatura da terceira via ao Planalto Central. Moro, ao anunciar sua ida para o seu novo partido, na quinta-feira (31.03), disse que não seria mais candidato à presidência. Ontem (01.03), porém, disse que não desistiu de ser presidenciável nas eleições de 2022: "Eu não desisti de nada, muito pelo contrário, muito menos do meu sonho de mudar o Brasil".
A afirmação de Moro soou mal a ACM Neto e a outros chefes do antigo DEM, como Ronaldo Caiado, que não o querem ver como candidato majoritário da sigla. O impasse está criado.
Ninguém sabe, excetuando-se os participantes, o que foi discutido entre Luciano Bivar, presidente nacional do UB, e Moro no jantar onde o ex-juiz foi convencido a mudar de partido. À primeira vista, Luciano teria jantado Moro e o convencido a desistir da presidência da República. Mas, diante da mudança de postura do ex-juiz, o que parece é que Bivar e ele acordaram dar uma rasteira na ala de ACM Neto para emplacar o ex-juiz como candidato majoritário da sigla. Entretanto, chefes do antigo DEM declaram que Moro foi iludido por Bivar. Quem está com a razão? Fala, Bivar.