Gilmar Bender, empresário de peso na política de Juazeiro do Norte/CE, tem agora um novo problema. Aliás, um problema velho que está vindo à tona.
Esperando ansioso pelo julgamento dos embargos da cassação da chapa Glêdson Bezerra (PODE)/Giovanni Sampaio (PSD) onde aparece como pivô das denúncias de abuso de poder econômico no processo eleitoral de 2020, Gilmar agora tem outro grande motivo para ter dor de cabeça: está para ser julgada, a qualquer momento, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) impetrada contra ele em 2016 pelo mesmo motivo.
A ação foi movida pela Coligação Frente Popular de Juazeiro que era encabeçada pelo ex-prefeito Raimundão (MDB). A coligação acusa Gilmar de abuso de poder econômico no processo eleitoral de 2016 onde ele teve uma grande votação pelo PDT, mas o vencedor foi Zé Arnon pelo PTB.
A ação também alcança o ex-prefeito Dr. Santana que foi parceiro de Gilmar na chapa majoritária. Entretanto, em relação ao petista, o mais provável é que seja considerado inocente diante dos elementos probatórios apresentados. Parece que seu único erro foi aliar-se a Gilmar.
Os autos do processo já estão conclusos desde o dia 28.03, motivo pelo qual uma decisão judicial da 119ª Zona Eleitoral de Juazeiro do Norte poderá sair a qualquer momento. É uma decisão em primeira instância, mas que implica em mais um sério problema político para o empresário.
É provável que Gilmar pode ser condenado nessa ação em 1ª instância já que o relatório do Ministério Público Eleitoral é a favor da AIJE.
Julgado em duas frentes, Gilmar vê cada vez mais próxima a possibilidade de ficar inelegível por 8 anos, como dita a Lei. Isso o tiraria a possibilidade de concorrer ao cargo de prefeito em 2024 e 2030 e a deputado, senador ou vice-governador em 2028, levando-se em conta que a decisão final não será tomada agora.