No dia 6 de agosto de 2021, aconteceu a sessão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará que julgou o processo de cassação do prefeito e do vice-prefeito de Juazeiro do Norte/CE, respectivamente Glêdson Bezerra (PODE) e Giovanni Sampaio (PSD), bem como do financiador da campanha, o empresário Gilmar Bender. A chapa foi julgada por ABUSO DE PODER ECONÔMICO, onde denúncias documentadas mostravam gastos ilegais e não declarados de campanha como a distribuição eleitoreira de combustível, o uso de um helicóptero da empresa Tecnolity (expressamente proibido pela legislação eleitoral) e vários outros gastos que compunham o caixa 2 da chapa eleita.
No supracitado julgamento, a relatora Kamile Moreira Castro pediu para ir ao banheiro e, ao voltar, deu Parecer contrário à cassação da chapa, mesmo com todas as evidências apontando para a ilegalidade dos gastos de campanha. Vale lembrar que as contas da chapa foram reprovadas. O placar final foi 5 a 2 seguindo o voto da relatora. Poderia ser 4 a 2, como apoiadores do prefeito e do vice já diziam euforicamente dois dias antes. Mas a situação ficou tão escancarada que o próprio presidente do TRE votou para modificar o placar, mesmo o resultado não sendo empate e não precisando do seu voto minerva. Uma situação mal cheirosa.
Depois da sessão, ao contrário do que muitos pensavam, o julgamento não subiu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pois foram impetrados embargos - embargo é um tipo de recurso contra decisões judiciais - que precisam ser julgados pelo TRE e que podem, inclusive, alterar o julgamento anterior trazendo a cassação do prefeito e do vice e a inelegibilidade deles, por oito anos, bem como a inelegibilidade do empresário Gilmar Bender que financiou a campanha da chapa e também foi o pivô do processo de cassação.
Decorrido mais de seis meses, o que acontece com o processo de cassação da chapa Glêdson/Giovanni?
A relatora do processo, Kamile Moreira Castro, foi renovada em sua função eleitoral por mais dois anos e continua responsável pelo Parecer do processo em relação aos embargos. Em uma consulta feita recentemente (VEJA ABAIXO), vê-se que todo o rito processual está concluído desde 14 de outubro de 2021 esperando unicamente o Parecer da relatora. Ou seja, há mais de quatro meses paralisado.
Qual motivo está atrasando a relatoria? É de se ignorar que a população juazeirense veja nesse atraso ingerência política e/ou de outra ordem? Em outras palavras: O que ou quem está por trás dessa demora? Será que realmente algo não republicano ou alguém com interesses escusos realmente existe por trás do engessamento do processo? Queremos saber.
No mínimo estranho
Comentem. A turma tem medo porque o prefeito diz nas esquinas que manda no MP e na polícia civil. Mas quem manda é o povo. Tem que ter medo não. Os policiais que armaram flagrante forjado mentiram em depoimento fazem grilagem vão responder. A justiça tarda mas não falha. Contra provas não se há o que temer. Comentem.
Perderam os prazos de recursos. O prefeito sabe que tá num mato sem cachorro. Aliás a população deveria se manifestar na porta do ministério público. Para mostrar a insatisfação. Fora que um drone jogar os panfletos kkk e muita e putadia. Que bom que o tribunal está corrigindo tal crime que eles mesmos de maneira descarada deixaram fazer. E este sonegador fiscal é negociador financeiro de campanhas terá muito que explicar.