A última sessão legislativa de Juazeiro do Norte/CE não traiu o clima que marcou todo o ano de 2021 e teve momentos que pegaram fogo. O principal deles foi protagonizado pela vereadora Jacqueline Gouveia (Republicanos) e Márcio Joias (PTB) (VEJA O VÍDEO).
Na votação do polêmico projeto que criou cargos e encargos para o parlamento juazeirense, aprovado por ampla maioria, a vereadora questionou a postura dissimulada dos que se abstiveram na votação, ou seja, não votaram nem sim nem não. Márcio, um dos que se abstiveram, alegou ser normal a abstenção, uma "prerrogativa" do vereador, colocando que problema era colega da Câmara votar em presidente da Casa por ter recebido dinheiro. Como Márcio rebatia a colocação de Jacqueline, a denúncia soou como se fosse diretamente para a vereadora que, diante da situação constrangedora, retrucou: "Dê nome aos bois, vereador".
A denúncia de Márcio alude ao projeto frustrado de antecipação da eleição da mesa diretora da Câmara juazeirense que tem à frente o empresário Yuri Paredão, irmão da vereadora Yanny Brena (PL), e o deputado federal Júnior Mano (PL), projeto de lei este que foi subscrito pela vereadora Jacqueline Gouveia, além de mais 13 vereadores.
A acusação de Márcio Joias, feita em uma sessão transmitida on line, é gravíssima, pois alude a um esquema criminoso de propina e desmoraliza o parlamento juazeirense. Portanto, não é uma questão de somenos. Desmoralizará também a polícia civil e o Ministério Público (mais ainda, pois já se encontra por demais desmoralizado, sem credibilidade, tido pela população juazeirense como instituição que prevarica) caso essas instituições não tomem nenhuma atitude diante de uma denúncia de extrema importância que foi feita publicamente.
Como a vereadora Jacqueline falou, é preciso dar nomes aos bois e também às vacas - sem nenhum sentido pejorativo -, já que o parlamento juazeirense não é composto somente de homens. Que se apure a denúncia de Márcio Joias, pois tal acusação não pode passar incólume sob o risco de descrédito das nossas instituições.
O presidente em exercício Bilinha (PMN), que vem conduzindo o trabalho parlamentar com uma orientação voltada para a unidade dos vereadores a grande custo, deve exigir de Márcio Joias uma explicação para sua colocação que deixou os vereadores sob suspeita e de saias justas.
Intime-se Márcio Joias. Que seja dado nomes aos bois.
Pra este aí não dá em nada. Nem adianta. Tudo na cara é MP calado. O outro dez saco de cume tô em empresa que nem era dele tá afastado. Outro supostamente sócio de jogo de azar afastado. Os que o andam esquemas de desvios milhonarios andando de braços dado com MP. Se não afastar a turma amiga dos corruptos da cidade esqueçam denunciar. Só serve para mostrar a sociedade quem é quem no jogo. Mas da em nada. A não ser que afastem a turma do MP. É traga quem queira trabalhar. Verdade é esta.
Não comparo a câmara de Juazeiro do Norte com um cabaré para não ofender as prostitutas. Vergonha tem nome