Nem bem o presidente Darlan Lobo (PTB) foi afastado, o presidente interino William Bazílio (PMN), a 1ª Secretária Yanny Brena (PL), o 2º Secretário Adauto Araújo (PTB) e o 3º Secretário Janu (Republicanos), ou seja, a atual mesa diretora, entrou com um projeto modificando a Lei nº 4.434 de 27 de fevereiro de 2015 que dispõe sobre os cargos do Poder Legislativo juazeirense.
O projeto dispõe sobre a criação de cargos, a mudança de nomenclaturas de outros e o aumento do número de vagas de outros, o que provocará, segundo levantamento, uma despesa extra de mais de R$ 1,5 milhão. Cargo como o de Chefe de Gabinete ganhará R$ 4.500,00, Secretário Especial Parlamentar R$ 3.500,00 e Secretário de Gabinete de Vereador R$ 2.500,00. O cargo de assessor parlamentar passará a contar com 126 vagas a um valor de R$ 1.250,00. Hoje são quatro assessores para cada vereador. Com a mudança, os vereadores terão mais 42 assessores.
Segundo Bilinha, Darlan deixou em caixa R$ 1.100.000,00. Se a proposta da mesa diretora já estivesse valendo desde janeiro, esse mais de um milhão não existiria e a Câmara ainda teria que colocar mais R$ 400 mil para fechar a folha de pagamento anual.
Bilinha justifica tal proposta como uma necessidade de modernização da Casa e faz uma comparação entre o Legislativo juazeirense e o de Fortaleza.
Em verdade, tal proposta visa meramente atender aos interesses fisiológicos de vereadores que estão com parentes e cabos eleitorais desempregados. Daí a tentativa de golpe frustrada de antecipação da eleição da mesa diretora, uma vez que Darlan não cedeu às pressões de muitos vereadores para abrir os cofres do Poder Legislativo o escancarando para o emprego de assessores que, bem sabemos, em muitos casos, recebem sem prestar nenhum trabalho legislativo.
Sem Darlan, contra o qual até agora nada foi provado na investigação Públio Vatínio, a farra legislativa será grande.