Vereadores tumultuaram a sessão de ontem (25.11) com insistentes e repetitivas questões de ordem. Foram 2/3 da sessão só de questões de ordem, algo realmente absurdo, comprometendo o bom andamento da sessão e levando uma péssima imagem à população juazeirense.
Essa tentativa de tumulto veio marcadamente da bancada do prefeito, inclusive querendo anular a sessão em um profundo desrespeito aos dois suplentes de vereadores, Romão França (PTB) e Jesualdo Duarte (PSDB), que tomaram posse naquele momento, bem como aos seus convidados presentes à solenidade. Os vereadores Márcio Joias (PTB) e Rafael Cearense (líder do prefeito) foram os que mais tumultuaram o ambiente legislativo.
Márcio Joias, de temperamento impreciso, disse que o presidente da Câmara faz ouvido de mercador e chegou até a quebrar o decoro parlamentar ao chamá-lo de fraco querendo desmoralizá-lo publicamente. O presidente em exercício William Bazílio (PMN), o Bilinha, que vem conduzindo seu trabalho à frente da Casa de forma serena, democrática e dialogal, teve pulso firme diante da insistência deselegante de Márcio e agiu acertadamente ao mandar desligar o seu microfone. O presidente Bilinha agiu com firmeza e reconduziu a sessão ao seu devido lugar.
Mudança de posição
Sobre a discussão acerca do golpe da emenda à Lei Orgânica do Município antecipando em um ano e um mês a eleição da mesa diretora do Legislativo juazeirense, o assessor jurídico Erivaldo Oliveira parece ter mudado de opinião passando por cima da posição da Procuradoria da Casa que recusou a matéria por conta de irregularidades. Assim, o projeto volta a tramitar na Câmara de Vereadores. Mas pode o assessor jurídico se colocar acima da Procuradoria? É legal? Ou a Procuradoria da Casa também mudou seu posicionamento?
Ainda sobre a discussão do projeto de emenda, a vereadora Jacqueline Gouveia (Republicanos) disse que esse assunto da antecipação da eleição da mesa diretora está acirrando a divisão entre os vereadores, tomando o lugar de debates sobre temas que interessam à população e deixando as sessões chatas e cansativas. Ela finaliza dizendo: "Dá dor de cabeça, me dá enxaqueca isso aqui".
Levando em consideração que Jacqueline é uma das que colocaram sua assinatura no projeto de emenda, um conhecido meu deu a seguinte sugestão: é só a vereadora retirar a assinatura da proposta golpista que ela sai de pauta. Consequentemente, as brigas em torno dela deixam de existir e a dor de cabeça e a enxaqueca da vereadora vão embora. Fica a sugestão.