Em um encontro regional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) que aconteceu sábado (20), em Russas/CE, o ex-governador e senador Cid Gomes (VEJA O VÍDEO) defendeu ardorosamente uma aliança entre PDT e PT no estado e disse que a base do candidato governista ao Palácio da Abolição tem que ser ampla e que contará inclusive com partidos que hoje apoiam Bolsonaro, dentre eles o Partido Social Democrático (PSD) - que também é base de apoio do governador petista Wellington Dias, do Piauí -, o Progressistas (PP) - que ainda pensa em filiar o presidente da República - e o Partido Liberal (PL) que já tinha inclusive marcado uma data de filiação de Bolsonaro que acabou não acontecendo.
Cid falou também que é mais provável o Partido Social Liberal (PSL), que está em processo de fusão com o Democratas (DEM) na construção do União Brasil (UB), ficar com o candidato governista que com a oposição, o que é preocupante, uma vez que o União Brasil será o maior partido brasileiro - ao menos em número de deputados federais - e já vinha em um longo processo de discussão para que o Wagner se lançasse por sua sigla. Cid falou que "a política muda todo dia" mas que hoje, em relação ao PSL, tem "uma vantagem pequena".
Na sequência, Cid alfineta Capitão Wagner por ser, segundo ele, um bolsonarista envergonhado que se diz independente porque sabe que no Ceará a popularidade do presidente é baixa.
Muita coisa ainda acontecerá até as eleições de 2022 e, como disse o próprio Cid, a nossa política "muda todo dia". Nesse momento, estamos na ante-sala das articulações que ainda terá tempo para definir a correlação de forças do processo eleitoral em uma grande queda de braço.