Os diretórios do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Ceará, que apoiam o presidenciável Eduardo Leite nas prévias do PSDB para 2022, afirmaram em nota que a representação enviada à Executiva Nacional pedindo a investigação de filiações de políticos em São Paulo tem o objetivo de “assegurar a lisura do processo em que não se pode admitir a quebra de regras previamente aprovadas”.
Na nota, eles também criticam a declaração do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta quarta-feira, 26, em Dubai, na qual ele diz que os apoiadores de Leite estão “criando uma mancha” nas previas e que “eleição não se ganha no grito, se ganha no voto”.
“Dizer que o objetivo da representação é querer ganhar no grito é argumentar com a mesma fragilidade de outros argumentos já levantados para defender o indefensável”, diz a nota. “Se há algo que seja antidemocrático e antiético é fabricar eleitores depois de iniciado o certame, prática lamentável e repudiável”.
Esses cinco diretórios pediram à Executiva Nacional a investigação das filiações de 92 prefeitos e vice-prefeitos do PSDB de São Paulo que teriam sido feitas depois do prazo – o que o diretório paulista do partido nega.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, decidiu que será a Comissão das Prévias a responsável por analisar caso a caso as circunstâncias de adesão dos políticos paulistas cujos nomes foram objetos da representação. A Executiva nacional do PSDB se reunirá na manhã desta quinta, 28, para analisar a decisão do presidente. Composta por sete nomes, entre os quais aliados de Leite e Doria, a comissão não irá questionar a filiação dos mandatários, mas se estão ou não habilitados a votar.