Neste sábado (2), o Brasil viu manifestações contra o presidente Bolsonaro acontecerem em 60 municípios, sendo 14 capitais. Diferentemente das manifestações anteriores onde os atos foram marcados pela divisão da oposição - os do dia 7 de setembro foram convocados pela CNBB, pelos partidos de esquerda e suas organizações e os do dia 12 de setembro foram convocados pelo MBL, pelo Vem Pra Rua, pelo Livres e pelos partidos de direita e de centro - toda a posição se juntou para pedir o impeachment do presidente.
20 partidos, as centrais sindicais e vários movimentos que gravitam em torno deles participaram das manifestações de unidade contra Bolsonaro em todo o País. Mas, assim como nas manifestações anteriores, os atos não chegaram nem perto da quantidade de manifestantes que saíram no 7 de setembro em defesa do presidente da República.
Ciro, que sistematicamente vinha detonando Lula, pregou a unidade, embora tenha sido criticado com veemência pelo minúsculo Partido da Causa Operária (PCO) na Avenida Paulista. Desesperados, O PT de Lula e Haddad, o PDT de Ciro, o DEM de Mandetta e o PSDB de Dória, além de várias outras siglas partidárias, resolveram se juntar para não passar a vergonha que amargaram nos atos passados. Mas a campanha pelo impeachment não emplacou nas ruas.
Para motivarem os manifestantes, os organizadores dos atos colocaram, além do impeachment, as palavras de ordem por mais vacinas contra a Covid-19 e contra a alta dos preços (inflação). Mera retórica demagógica.
O Brasil é hoje o terceiro país que mais aplica doses de combate ao Coronavírus, ficando atrás apenas da China e da Índia e estando à frente do Japão e dos Estados Unidos. Até ontem, o Ministério da Saúde distribuiu 301.005.168 doses em todo o País, mas somente 240.050.781 foram aplicadas. Se as manifestações fossem sérias, a palavra de ordem seria pelo avanço da aplicação das doses que sofre com atrasos dos governadores e prefeitos de oposição. Quanto à inflação, é resultado direto da paralisia da economia - levada até as últimas consequências pelos governadores e prefeitos de oposição - e é resultado de uma crise econômica mundial em face da pandemia do vírus chinês como mostrou a matéria Inflação dispara no mundo inteiro: Gasolina nos EUA sobe mais do que no Brasil, gás tem aumento de 300% no Reino Unido e Argentina tem aumento de 60% na carne", do Terra Brasil Notícias.
Os organizadores dos atos de hoje tinham por objetivo realizarem manifestações multitudinárias para pressionar o Congresso a abrir processo de impeachment contra o presidente Bolsonaro. Não deu certo. A pouca expressividade numérica dos atos frustrou a pretensão da oposição.
Na Avenida Paulista, a imagem dos black blocs rasgando a bandeira do Brasil serviu para ilustrar a serviço de quê estavam as manifestações oposicionistas de hoje.