Em entrevista ao canal Foco do Brasil ontem (19), o presidente Jair Bolsonaro falou de vários temas como vacinação e corrupção de governadores no enfrentamento à Covid-19, relação com o Legislativo, mentiras da grande mídia, regularização fundiária e sua relação com o combate às queimadas, sua saúde e até sobre a inauguração da Caixa Econômica Federal (CEF) em Missão Velha/CE. Mas o primeiro tema levantado foi a respeito do Fundão Eleitoral de R$ 5,7 bilhões.

Bolsonaro disse que apesar de buscar a harmonia com o Congresso Nacional não concorda com o Fundão de valor astronômico, lembrando que ele próprio nunca fez campanhas com grandes volumes de dinheiro.

Bolsonaro disse que a sua tendência é vetar o Fundão que veio embutido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da União. Segundo ele, com esse dinheiro daria para recapear grande parte da malha rodoviária federal ou concluir as obras de transposição de água para o Nordeste.

R$ 5,7 bilhões para a campanha eleitoral de 2022 é mais uma imoralidade da política podre nacional. Esse valor absurdo é R$ 500 milhões a mais do que tudo que foi destinado para o saneamento básico em 6 anos (2016 a 2021) no País. E só irá fortalecer a velha política fisiológica e clientelista da compra de votos subtraindo a possibilidade do exercício da verdadeira democracia.