Como já é comum em manifestações em São Paulo onde existem militantes de organizações de esquerda, o vandalismo voltou a ocorrer nesse sábado (3) na manifestação onde militantes de partidos de oposição e movimentos organizados pediam a saída do presidente Bolsonaro.
Antes de atacarem prédios privados e equipamentos públicos, os manifestantes entraram em confronto físico entre si. Um grupo de militantes do Partido da Causa Operária (PCO) entrou em confronto físico com ativistas do PSDB tomando a bandeira do partido tucano e ateando fogo nela.
Em seguida, grupos encapuzados de militantes incendiaram uma agência bancária do Santander, destruíram um ponto de ônibus e uma fachada de uma concessionária Hyundai. Policiais fizeram barricadas para conter o avanço dos agitadores que ainda os atacaram com coquetéis molotov. Mas não houve confronto direto. Continuando sua jornada ensandecida, ainda hostilizaram agentes de autoridade de trânsito e seguranças de estações de metrô.
Em seu discurso, durante o ato em São Paulo, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB/SP), conhecido por montar esquemas de corrupção quando era ministro do Esporte dos governos Lula e Dilma, resumiu o atual pensamento da esquerda e seus partidos satélites: "Não podemos esperar 2022 para tirar Bolsonaro do poder".
Com divisão entre os manifestantes e violência escancarada, a manifestação de São Paulo deixou uma mancha no movimento que fala em democracia mas não consegue aceitar sequer as divergências existentes em suas próprias fileiras.