Semana passada fui surpreendido com a notícia de que a oposição, derrotada em Juazeiro do Norte/CE pela reeleição do prefeito Glêdson Bezerra (PODE) com a parceria do vice eleito Tardo Magno (PP), entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para cassar o novo mandato do prefeito juazeirense tendo por embasamento o fato dele ter alugado uma aeronave para levá-lo a um debate que aconteceu no dia 14 de agosto no estúdio da Band, em Fortaleza.
A ação argumenta que o aluguel da aeronave modelo Cirrus SR 22, prefixo PR SMA, ano 2008, não consta na prestação de contas eleitoral da chapa vitoriosa, prestação de contas esta, diga-se, preliminarmente aprovada pela Justiça Eleitoral.
Ora! O aluguel supracitado, no valor de R$ 20 mil, como bem reza o contrato, é de 2 dias antes do início da campanha eleitoral, ou seja, não tem nenhum motivo para aparecer na prestação de contas eleitoral. O debate não foi entre candidatos, mas entre pré-candidatos que, como define a legislação, nem sequer puderam pedir votos.
O contrato do aluguel sequer foi assinado pelo comando da campanha de Glêdson, uma vez, como fora dito, que a campanha sequer tinha iniciado. O contrato foi assinado pelo presidente do Podemos local, o Secretário Wagner Alves, e o pagamento efetuado pelo partido do prefeito.
É por atitudes como essa que a oposição se autodesmoraliza e anuncia publicamente o seu desespero. Esse filme o povo juazeirense já conhece e não dá crédito a quem vive vendo chifre em cabeça de cavalo. Pelo jeito, o coice da realidade foi forte ao ponto de desestruturar o discernimento da oposição e, ao mesmo tempo, desenvolver a sua capacidade imaginativa.