A presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALECE) seria o prêmio de consolação do atual vice-presidente Fernando Santana (PT) pela derrota que sofreu do prefeito juazeirense reeleito Glêdson Bezerra (PODE). Sua indicação, provavelmente acordada entre os petistas Camilo Santana e Elmano de Freitas, era tida como martelo batido mas, no meio caminho, tinha Cid. Tinha Cid no meio do caminho.
Contrariado com o histrionismo hegemônico do PT que enxerga os aliados como meras extensões de suas pretensões totalitárias, Cid bateu na mesa e declarou ruPTura com o governador Elmano, como foi visto no capítulo anterior dessa novela de roteiro mixo.
A ruPTura de Cid seria algo trágico para o PT que, derrotado nacionalmente nas eleições deste ano, tem no Ceará o seu porto seguro. O recuo do PT na indicação de Fernando à presidência da ALECE equivale ao recuo de Cid rumo à oposição ao petismo estadual.
Portanto, diferentemente do que muitos jornalulopetistas falaram ao atribuir a desistência de Fernando ao cargo mor do parlamento a um ato de humildade, em verdade tal atitude foi resultado do comunicado de rompimento do senador peessebista e da política traçada por Camilo para evitar tal fato que desagregaria a unidade tão vital que faz do petismo cearense o mais forte do País.
Com a compreensão petista que Cid é um aliado imprescindível e com o recuo deste diante do recuo de Fernando, tudo fica como dantes no quartel de Abrantes. Ou quase.
Fernando Santana sai de cena pela imposição da realidade e não por humildade política. E a indicação de Romeu Aldigueri (PDT). líder do governo na ALECE, descerra o pano epilogando essa cômica quase tragédia rocambolesca.