Hoje (06.11), dia em que Ronald Trump (Republicanos) se elegeu o 47º presidente dos EUA, a imprensa tradicional militante está de luto. E do cume de sua pesarosa situação tece análises incongruentes e prognósticos apocalípticos. Age como uma viúva inconsolável que foi derrotada em seu discurso ideologicamente identitário.
Kamala Harris, a favorita da maioria dos bilionários, dos multimilionários do show business e de Hollywood, dos grandes meios de comunicação e dos movimentos pelos direitos humanos, não conseguiu superar o Laranjão de direita e pulso forte.
Os EUA não teve sua primeira presidente mulher negra. Não por ser negra nem mulher, já que juntos esses grupos são maioria na sociedade estadunidense, mas por não representar os anseios da maioria da população estadunidense.
O discurso identitário, em vez de ser um elemento chave dinamizador da campanha de Kamala, serviu muito mais para incentivar a participação massiva de homens e latinos, além da população rural que promove a agropecuária do País e que é majoritariamente conservadora.
Nessas eleições estadunidenses, o que prevaleceu não foi o discurso caricatural da mulher negra contra o homem branco, mas a constatação da necessidade de escolher um candidato que faça a economia crescer e que defenda as fronteiras contra a entrada de imigrantes ilegais, traficantes de drogas e de seres humanos.
A esquerda brasileira, com esse discurso identitário prol Harris, é a mesma que calou quando o ator petista e candidato fracassado Zé de Abreu cuspiu na cara de uma senhora em um restaurante, quando o Lulinha espancou a mulher e quando chamou Janja de puta, a mesma esquerda que nada disse quando um militante lulopetista de Brasília sequestrou, dopou, acorrentou, estuprou e manteve em cárcere privado uma menina de 12 anos. É a mesma que não soltou uma nota quando o vice-prefeito de Nova Lima/MG foi acusado de estupro e quando Wilmar Lacerda, vice-presidente do PT do DF, foi preso por violência sexual contra adolescentes de 13 e 17 anos. É a mesma que sequer lançou um manifesto quando o então ministro de Lula, Sílvio Almeida, foi denunciado por assédio sexual.
A vitória de Trump contra Kamala não foi a vitória de um homem branco contra uma mulher negra. Foi a vitória do conservadorismo contra a lacração ideológica, a vitória de uma economia forte contra a ausência de perspectivas, a vitória da Segurança do povo estadunidense contra a fragilidade dos que banalizam a criminalidade.
Mas a esquerda fará de conta que nada disso é verdade. Só que no País das Maravilhas, Alice ficou de fora.