A atual legislatura de Juazeiro do Norte/CE é um claro mal exemplo. Visceralmente raivosa, transformou as sessões da Câmara Municipal em um balcão de ofensas pessoais, além de engavetar projetos importantes com o Plano Diretor Municipal (PDM) e a reforma da Previdência. O resultado veio com uma renovação de 2/3 dos edis e uma queda vertiginosa nos votos da maioria dos vereadores e da vereadora de oposição reeleitos.

Ontem (06.10) o prefeito Glêdson Bezerra (PODE) disse que dialogará com a nova legislatura e quer unificar Juazeiro do Norte. Mas sua coligação só elegeu 6 vereadores, sendo que um, o Lukão (PSDB), apresenta-se como isentão. Por outro lado, o Felipe Vasques (AGIR), vereador da coligação de Fernando Santana (PT) e o mais votado dessas eleições juazeirenses com 6.670 votos, apresenta-se disposto a um diálogo fraterno com o gestor reeleito.

É bem provável que a relação de Capitão Vieira (MDB) e Márcio joias (PRD) com Glêdson não desamargue, como é provável que os vereadores do PT façam uma oposição veemente. Mas que postura tomarão os demais vereadores eleitos pela oposição? será que aprenderam com a reprovação da população a esta atual legislatura?

Infelizmente o povo que elegeu Glêdson não deu maioria a ele no parlamento local. Ao votar desvinculado, jogaram em desfavor da harmonia entre o Legislativo e o Executivo. Torçamos, pois, para que os novos vereadores eleitos pela oposição queiram dialogar com o prefeito priorizando os interesses da coletividade e não a política de defesa dos próprios interesses que transforma a Câmara Municipal em um antro de negociatas.

Como em 2024, o povo estará de olho no Legislativo em 2025. Juazeiro não precisa de novos políticos prostituídos pela velha política.