Ontem (27.09), o Programa Sovaco de Cobra entrevistou o Secretário de Segurança Pública e Cidadania Cláudio Luz. Dentre os diversos assuntos abordados, a época em que era vereador de Juazeiro do Norte, o único eleito pelo PT no Município.
Lembrei de escândalos de corrupção como o que acabou pondo fim ao JuaForró (no governo Raimundo Macêdo (MDB)), evento criado pelo Secretário de Cultura Alcymar Monteiro, na gestão do prefeito Carlos Cruz, e resgatado pelo prefeito Glêdson Bezerra (PODE). O atualmente deputado federal Yury do Paredão (MDB) esteve na crista da onda das denúncias que levaram à interrupção da grande festa na agenda cultural juazeirense.
Cláudio relembrou que fez inúmeras denúncias contra o então prefeito Raimundo Macêdo, o Raimundão, e que culminaram no afastamento deste do Executivo municipal. Envolvido em crimes de associação criminosa, concussão e lavagem ou ocultação de bens e valores, não terminou seu segundo mandato e foi substituído, por ordem judicial, pelo vice-prefeito Luiz Ivan.
Raimundão e seu filho Mauro Macedo, o Maurinho, enfrentam na Justiça inúmeros processos. O nome de Maurinho, inclusive, foi associado, junto ao de Yury, ao escândalo do JuaForró.
Recentemente, Raimundão e Maurinho foram condenados por desvio de verbas da merenda escolar e lavagem de dinheiro em uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF). O esquema, segundo o apurado, causou um prejuízo de mais de meio bilhão de reais para a Municipalidade. A pena para o ex-prefeito foi estipulada em 11 anos e 5 meses, incialmente em regime fechado, e uma multa de 98 salários mínimos. Maurinho foi condenado a 13 anos e 5 meses de prisão e a uma multa de 243 salários mínimos.
Cláudio Luz também foi autor das denúncias que levaram à prisão do ex-presidente e da ex-tesoureira da Câmara Municipal juazeirense, os vereadores Zé de Amélia Júnior e Miratércia Sampaio, a Mira.