Cerca de 38 organizações da sociedade civil assinaram um manifesto contra a PEC da Anistia denominando sua aprovação de "inaceitável irresponsabilidade" a considerando uma ameaça à "integridade dos partidos políticos e a Justiça Eleitoral". De nada adiantou.
Ontem (11.07), a Câmara dos Deputados a aprovou em 2 turnos por 344 a 89 votos, sendo que os partidos que possuem ministérios no governo Lula foram responsáveis por mais de 75% de votos favoráveis à PEC (76% no primeiro turno e 77% no segundo turno).
A orientação do PT foi que toda a sua bancada votasse a favor da PEC que anistia os partidos políticos de irregularidades cometidas no processo eleitoral, como, por exemplo, o não cumprimento do percentual de cotas. Entretanto, no Ceará, o tiro saiu pela culatra, pois os principais beneficiados pela aprovação foram os deputados estaduais do PL.
Cassados em segundo instância eleitoral por suposto descumprimento da cota de gênero nas últimas eleições, os deputados Marta Gonçalves, Dra. Silvana, Alcides Fernandes e Carmelo Neto, do partido de Bolsonaro, tiveram ontem sua anistia sacramentada. Ou seja, não estão mais sujeitos à cassação.
Tal cassação foi compreendida por muitos como um ataque arbitrário da Justiça Eleitoral contra os principais adversários ao governo petista dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALECE). Agora, com a votação de ontem, essa polêmica está, para efeitos práticos, superada.