Em uma entrevista à Vale FM ontem (22.06), o vereador Márcio Joias (PRD), do Bloco Tô Nem Vendo do Legislativo juazeirense, voltou a denunciar o prefeito Glêdson Bezerra (PODE). Na ocasião, o edil foi questionado pelo radialista Demontier Tenório e se defendeu com argumentos controversos.
Segundo o vereador de oposição, o governo municipal teria rompido com o Consórcio de Saúde, conforme decisão comunicada no dia 3 de janeiro deste ano, para beneficiar uma empresa ligada ao esposo da então Secretária de Saúde Dra. Andréa Landim (PSDB).
Essa denúncia, para o bem da verdade, precisa ser esclarecida. Mas, também a bem da verdade, vale relembrar - já que a memória coletiva é passageira - que outras recentes denúncias agitadas pelos vereadores de oposição - que continuam a repeti-las nas sessões legislativas e, no caso de Márcio, também na entrevista de ontem - se embasaram em profundas distorções da realidade. É o caso do triplex da Lagoa Seca e da mansão do Umari, cujas propriedades foram atribuídas a Glêdson, e o da casa onde funciona a UBS da Rua Monsenhor Esmeraldo, no Franciscanos, cuja propriedade foi atribuída ao pai de Glêdson. Falácias desmentidas por fatos, documentos e depoimentos.
Essa nova investida do vereador oposicionista faz parte de sua política de TUDO OU NADA, pois o vereador está na corda bamba e pretende sair dessa situação se reelegendo este ano e derrotando o atual prefeito que acabou com o seu esquema junto à MXM, empresa que no começo da atual gestão político-administrativa juazeirense estava à frente da limpeza pública do Município.
Ao falar sobre os imóveis "pertencentes" a Glêdson, foi questionado por Demontier sobre a sua mansão de luxo no Novo Juazeiro, ao qual respondeu, de forma ofensiva ao radialista, que tinha como provar a legalidade de sua propriedade, pois é um empresário que trabalha há muitos anos e que com 20 anos já possuía uma frota de carros para revender bijuterias. Em seguida, Demontier o questionou novamente sobre seus imóveis não declarados durante o registro de sua candidatura em 2020, tendo o edil respondido que imóveis de sua propriedade estão em nome de seus familiares.
Essas duas passagens da entrevista são bastante interessantes. Primeiro porque o vereador trabalhava como mototaxista aos 18 anos. Como, então, teria conseguido uma frota de carros apenas dois anos depois? Já em relação a colocar suas propriedades em nomes de terceiros, é fato que o vereador foi investigado pela Operação Aurantium (Laranja) por colocar em nome de outra pessoa a sua empresa Alfa que estava envolvida em, segundo investigações e inquérito instalado, um esquema corrupto de desvio e lavagem de dinheiro público municipal.
O vereador também afirmou que sua ruptura com o prefeito juazeirense se deu pelo fato dele não ter cumprido as promessas de apoiá-lo para presidente da Câmara, em 2021, e para deputado estadual, em 2022. Entretanto, evidências demonstram que os motivos podem ser bem mais do que os ditos.
Durante o mandato do prefeito Zé Arnon e com o controle da MXM sobre a limpeza pública juazeirense, Márcio reformou completamente sua mansão duplex com piscina no primeiro andar que é sua residência na Avenida Castelo Branco, Novo Juazeiro. Um áudio que circulou nas redes sociais e que é desse tempo traz a voz do próprio vereador dizendo que recebia quase R$ 300 mil reais do aluguel de equipamentos à referida empresa.
Em 20 de abril de 2022, o vereador Márcio Joias foi afastado por 180 dias da Câmara Municipal por ordem judicial oriunda das investigações da Operação Aurantium. Nesse momento, ele ainda apoiava publicamente o prefeito Glêdson Bezerra. No dia 18 de outubro do mesmo ano, o vereador retornou ao parlamento já como oposição e dizendo que conhecia irregularidades cometidas pelo gestor público municipal.
Será que o fato de Glêdson ter rompido com a MXM e, posteriormente, não ter defendido Márcio durante a Operação Aurantium e não ter se pronunciado contra o seu afastamento durante os 180 dias não está na raiz da cisão do edil com o prefeito?
O vereador Márcio Joias me disse, certa vez, que estava comendo leite condensado no pires do então prefeito Zé Arnon. Foi assim que conheci sua verdadeira prática política. Mas o pires de Glêdson não tinha leite condensado? Ou será que foi o leite condensado que não encontrou um pires gledsoniano?
Mistério!
Cadê a dupla dele o jacu? Dois palhaços, vão trabalhar que é para isso que pagamos vocês
Aguardando uma audiência este ano pra provar a relação dele com empréstimos ligados a bancos em nome de terceiros. O que deu origem a muito dinheiro na vida delituoso do patati que usa calcinha.