O jornalista Rodrigo Constantino anunciou, na última sexta-feira (14), que obteve a cidadania americana. Para ilustrar o momento, o comunicador publicou algumas fotos, entre elas uma na qual ele aponta para um passaporte dos Estados Unidos, documento que agora pode possuir por ser oficialmente um cidadão daquele país.
A foto possui um simbolismo e pode ser vista como ironia pelo fato de que Constantino teve seu passaporte brasileiro cancelado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do Inquérito 4.781, o chamado inquérito das fake news. O jornalista, inclusive, publicou um artigo nos sites da revista Oeste e do jornal Gazeta do Povo falando sobre a nova cidadania.
O texto, que na Gazeta do Povo possui o título Cidadão americano: adeus, Alexandre! e que na Oeste é intitulado O dia em que me livrei do Alexandre para sempre, não é frontalmente uma ironia a Moraes – já que Constantino possui o sobrenome Alexandre e optou por retirá-lo ao obter a cidadania dos EUA -, mas também é uma crítica ao ministro, já que o jornalista relembra o cancelamento de seu passaporte.
– Minha luta por um Brasil mais livre continua, sempre. Sei que há muita gente boa em meu país de origem, e luto por sua liberdade, em que pese o Estado brasileiro só ter me tratado mal, não só com seus pesados impostos para financiar roubalheira petista, o que recai sobre a maioria, mas com congelamento das minhas contas bancárias, censura das minhas redes sociais e até cancelamento do meu passaporte – diz.
O cancelamento do passaporte de Constantino e a determinação de medidas contra jornalistas conservadores a mando de Moraes veio a público em janeiro de 2023, dias após a posse de Lula (PT). Na época, além de Constantino, o jornalista Paulo Figueiredo também teve contas bancárias bloqueadas no Brasil e o passaporte cancelado. O jornalista Guilherme Fiuza, por sua vez, teve o perfil nas redes suspenso.
