Estar no lugar certo, na hora certa e fazer tudo errado. É isso que está acontecendo com a oposição legislativa do Bloco Tô Nem Vendo cujas expressões máximas são o presidente Capitão Vieira (MDB) e o vereador Márcio Joias (PRD).
Pensando em macular a imagem do prefeito Glêdson Bezerra (PODE), essa oposição transformou o plenário da Câmara Municipal em um ringue raivoso que aparece aos olhos da população como um circo que apresenta esquetes rasteiros de roteiro chulo e enredo desgastado. E circo é uma das palavras mais elogiáveis que aparece nas redes sociais. Infelizmente, os internautas chegam a comparar o que deveria ser a Casa do Povo com aquele estabelecimento comercial de entretenimento onde, segundo o saudoso menestrel Juca Chaves, as meninas boas das famílias más se encontram com os meninos maus das famílias boas.
Seguindo essa postura suicida - a fera quando está acuada ataca a quem considera o predador -, o vereador Márcio Joias (PRD), o mesmo que pediu o engavetamento do Plano Diretor Municipal (PDM), afirmou na última sessão (11.06) legislativa juazeirense que a Câmara poderia cassar o prefeito Glêdson porque já existem elementos suficientes para isso. As redes sociais deram a resposta.
Um internauta escreveu: "Essa camara de vereadores virou um circo mesmo, só tem palhaço, vão trabalhar para o bem de juazeiro" (sic). "Meu Deus! A única pauta é Gledson valha! E os projetos para Juazeiro?" (sic), escreveu outra. "Elementos suficientes: barrar a construção do loteamento de um dos vereadores por crime ambiental", disse um. "A quatro meses das eleições? CIRCO!", disse outro. "eu não ia votar nele mas agora vou só pra ser oposição a essa politicagem" (sic), protestou uma internauta. "Não votei no atual prefeito ,mais em vista aos que querem entrar ,prefiro que ele permaneça" (sic), afirmou outra. Um comentário apontou o "crime" de Glêdson: "Crime, reduzir o contrato do lixo" (sic). "Eles estão fazendo, o povo ter mais nojo dos vereadores" (sic), protestou outra cidadã.
Nessa linha foi a esmagadora maioria dos comentários com um aqui e outro lá longe concordando timidamente com a oposição negacionista. O interessante é que muitos dos comentários contrários aos referidos edis partiram de pessoas que se apresentam como oposição ao prefeito Glêdson - ou se apresentavam. A resposta da sociedade juazeirense foi massivamente contrária à postura desesperada do vereador Márcio Joias que, em verdade, representa também o desejo de outros vereadores.
Márcio, entretanto, não firmou essa postura aleatoriamente. Seu posicionamento teve um propósito: desviar o foco. Desviar o foco dos escândalos que pesam sobre si e sobre o próprio Legislativo juazeirense como, por exemplo, a existência de servidores fantasmas, algo que nunca foi explicado pelo presidente da Casa. Desviar a atenção também do desafio proposto pelo líder do prefeito, o vereador Rafael Cearense (PODE).
Em sua teatralização midiática, Márcio chegou até a levar um documento com a sua assinatura para firmar tal desafio, mas, em seguida, como de costume, tergiversou para outros assuntos e, quando se referiu a Saúde Pública juazeirense, assim o fez com o desgastado blá-blá-blá de sempre sem apresentar nenhum dado ou documento oficial.
Como o próprio Capitão Alexandre de Vieira, digo, Capitão Antônio Vieira - o presidente que manipula o Grande Expediente - diz, "O povo está vendo". Está sim, Capitão. E essa leitura popular não está sintonizada com a prática da oposição negacionista.