O imbróglio pedetista gerado nas eleições do ano passado está tendo o seu desfecho. Cid Gomes pretende desembarcar do partido brizolista com o seu grupo até dia 4 de dezembro. Leva com ele 43 prefeitos e deputados estaduais e federais. Quanto aos deputados, não se sabe ainda qual mecanismo será utilizado para a mudança de partido, uma vez que a janela partidária só abrirá para eles em março de 2026.
Cid terá conversas com alguns partidos hoje (22.11), mas espera ansioso a conversa com o presidente Lula que o convidou, via Camilo Santana, para se filiar ao PT.
Depois de ser chamado pelo irmão Ciro de maior traidor da história, Cid quer definir o novo partido o mais rápido possível. "Eu também não quero prolongar essa agonia. Ninguém fica tranquilo na indefinição", disse o senador.
Já o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE) Evandro Leitão, também convidado pelo PT para se filiar, disse que ainda não é o momento de tomar uma decisão, pois o diretório nacional do PDT ainda pode recorrer à instância superior sobre sua desfiliação.
Do outro lado, Acilon Gonçalves, prefeito do Eusébio, município da Região Metropolitana de Fortaleza, e agora ex-presidente regional (estadual) do PL, pediu renúncia do comando da agremiação liberal em uma carta enviada ao presidente nacional Valdemar Costa Neto.
"Considerando as dificuldades de relacionamento com pessoas do partido que não pertencem oficialmente à Executiva Nacional, tão pouco à Executiva do Partido Liberal no Estado do Ceará; e considerando o respeito que tenho por Vossa Senhoria, bem como meu desejo e anseio do que é melhor para a Agremiação, apresento minha RENÚNCIA em caráter definitivo, irretratável e irrevogável à presidência da Comissão Provisória da Executiva do Partido Liberal no Estado do Ceará", escreveu Acilon. Segundo ele, sua prioridade será organizar a base eleitoral a qual representa para as eleições municipais que se avizinham.