Desde o segundo turno de 2022 que digo que Cid Gomes não ficará no PDT. E os passos do ex-governador apontam cada vez mais para essa realidade.
Ontem (09.11), após ser destituído pelo Diretório Nacional da presidência regional (estadual) da sigla brizolista, Cid disse estar "INCRÉDULO" em relação à sua permanência no partido. Contrariado com a decisão, afirmou que não tem mais respeito por André Figueiredo e por Carlos Lupi.
Também ontem, Cid se reuniu com deputados estaduais pedetistas e já marcou uma reunião para a próxima terça-feira (14.11), a partir das 15 h, no Hotel Gran Marquise, em Fortaleza, com os prefeitos cearenses do partido. Especula-se que, saindo do PDT, Cid pode levar consigo de 50 a 57 prefeitos.
Ao declarar que "Não nos querem. Isso para mim é deplorável" se referindo à postura do grupo nacionalmente majoritário do brizolismo que está com Ciro Gomes, Cid entendeu que não existe mais condições de permanecer dentro da agremiação. O resto é jogo de cena.
Mas esse jogo de cena, envolto em um jogo de cintura em prol de uma marcante ruptura, é necessário para que o senador traga consigo o grosso dos deputados, prefeitos, vereadores, filiados e militantes do PDT cearense.
Assim como o joio e o trigo, a água e o óleo, o fogo e a água, Cid e Ciro já não mais pertencem a uma realidade homogênea. O primeiro escolheu o lulopetismo em detrimento da imagem política do próprio irmão.
Que Cid deixará o PDT, isso a mim é óbvio. Só resta acompanhar essa novela para precisar o ritmo dos passos e saber se a debandada coletiva ocorrerá antes da virada de ano ou se terá fôlego para esperar até a abertura da janela partidária que acontecerá no dia 6 de março e se estenderá até 5 de abril.