Ontem (27.10), em seu café da manhã costumeiro com a imprensa que faz a sua cobertura diária, Lula disse uma coisa que todos já sabiam, menos o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT): o seu governo não cumprirá a meta de zerar o déficit fiscal em 2024.
Com o aumento do teto de gastos de R$ 145 bilhões na PEC da Gastança e com o inchamento da máquina pública federal para ampliar sua base de sustentação, em uma espécie de novo Mensalão, além de gastos vultosos supérfluos como os que são feitos em suas viagens nababescas, Lula transforma seu governo, com a ajuda da Janja Esbanja, em uma máquina de triturar o dinheiro do contribuinte.
Com o aumento progressivo do déficit fiscal - Bolsonaro fechou 2022 com um superávit de R$ 54 bilhões - e a queda da arrecadação, Lula acabou por vomitar no café da manhã de ontem o que não podia mais ser digerido, contrariando o que afirma o seu ministro.
O comentário de Lula gerou apreensão no mercado que reagiu negativamente e profunda irritação em Haddad que ontem sequer falou com os jornalistas quando saía de seu gabinete ministerial na Avenida Paulista, deixando transparecer, nitidamente, um profundo aborrecimento.
Mas na mesma ocasião em que falou a verdade sobre a impossibilidade de fechar o rombo das contas do governo federal no próximo ano, também mentiu sobre seu comportamento em relação a Bolsonaro. Lula disse que foi eleito "para fazer as coisas que um governo deve fazer" e não "ficar falando mal do governo anterior".
Ora! Lula não tira Bolsonaro da boca. Seu comportamento demonstra justamente o contrário de sua afirmação quando tenta colocar os resultados positivos do governo anterior em sua conta e atribuir ao governo anterior situações caóticas causadas por seu governo. Parece que a prioridade do atual presidente é falar mal do ex.
Com Lula é assim: não existe uma verdade inescondível sem uma mentira escancarada.