Com sete partidos, incluso o seu, fechados ou prestes a fechar o apoio à sua reeleição, o prefeito de Juazeiro do Norte/CE Glêdson Bezerra (PODE) espera ansioso a resolução do imbróglio entre os irmãos Ciro Gomes e Cid Gomes dentro do PDT.
Essa disputa acirrada já vem sendo acompanhada pela imprensa desde o final de 2022 e agora parece que se encaminha para o desfecho. A reunião do PDT nacional realizada ontem (27.10) por convocação do presidente André Figueiredo e acontecida na sede da Fundação Leonel Brizola, no Rio de Janeiro, veio confirmar o que o Sovaco de Cobra diz desde ano passado: Cid e seu grupo não permanecerão no partido.
Um dia anterior, na quinta-feira (26.10), Cid falou ao colégio de líderes no Senado em tom de despedida. Ontem, após a reunião, o deputado federal Eduardo Bismarck, da ala pedetista de Cid, confirmou a possibilidade da saída do grupo do partido.
Cid diz que pode judicializar, mais uma vez, a questão. Mas, em verdade, parece ser mais um jogo de cena para dizer que saiu da legenda com hombridade e depois de fazer tudo o que foi possível.
A ruptura já se estabeleceu e, segundo seus próprios protagonistas, os interesses são inconciliáveis. Até mesmo porque está em jogo a Prefeitura de Fortaleza onde Ciro quer manter Sarto (PDT) em detrimento de uma candidatura petista que possa vir a provocar uma hegemonização do lulopetismo na capital cearense.
A atual situação interna do pedetismo cearense é favorável a Glêdson Bezerra que terá o apoio de Ciro para sua reeleição, conforme conversado entre os dois. Assim, com o grupo de Ciro e André à frente do partido no Ceará, Glêdson terá a legenda em seu palanque de 2024. Um considerável reforço de 22 candidaturas, fundo eleitoral e tempo de rádio e TV.
Glêdson já votou duas vezes, no primeiro turno, em Ciro para presidente. Agora parece que está chegando a hora de fazer valer a lei do retorno que, nesse caso, nada mais é que um estado compensatório de uma posição política espontaneamente adotada.