O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma aparição neste sábado (21.out.2023) em comício realizado pelo PL Mulher em Belém, no Pará. No palco, o ex-presidente segurou uma bandeira de Israel e defendeu que o Brasil deve estar “preparado para tudo”. Sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do braço feminino do partido, também segurou uma bandeira israelense.
O ex-presidente pediu o objeto a uma pessoa que estava na plateia do evento. “Nós temos que ser precavidos. Muitas vezes a gente acha que o que acontece na casa do vizinho, não pode acontecer na nossa casa. O que acontece em um país distante, não vai acontecer no nosso país. Nós temos que nos preparar para tudo”, disse.
Bolsonaro disse ainda que sempre esteve ao lado de “bons países” e voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Declarou que o Brasil não pode admitir ter um governo que “reluta em taxar o Hamas de terrorista”.
“O PT sempre esteve ao lado de ditadores, como o Maduro, o Ortega. Nós temos que estar ao lado de bons países, como eu sempre estive, entre eles, Israel”, afirmou.
Desde o início da guerra no Oriente Médio, Bolsonaro se posicionou favorável a Israel e condenou o grupo extremista Hamas. Na última 3ª feira (17.out), disse que o PT e o Hamas são “irmãos de alma” e que a “facção de Lula” defende “terroristas”.
As falas fazem referência à resolução do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que classifica os ataques do grupo radical como “inaceitáveis”, mas reserva ao governo israelense a crítica mais contundente ao dizer que comete “genocídio”.
Apesar das declarações do ex-presidente e de opositores de que Lula se recusa a taxar o Hamas de “terroristas”, o petista chegou a usar o termo em postagem no dia em que se iniciaram os ataques a Israel.
NOTA DO SOVACO DE COBRA: Chegou a usar o termo "terroristas" em relação aos atos de violência, mas sequer chegou a mencionar o nome do Hamas.