Considerado o Bolsonaro da Argentina, o economista Javier Milei não lembra o Capitão só pelo fato de ser de direita, defender a liberdade econômica e de expressão e por ter os EUA e Israel como aliados prioritários. Assim como o brasileiro, Milei se notabiliza por gastar muito menos em sua campanha à presidente da República que os seus adversários.
Nas eleições primárias de agosto na Argentina, Milei gastou, convertendo os valores para o real, R$ 2,6 milhões, enquanto o candidato do presidente esquerdista Alberto Fernández apoiado por Lula, o atual ministro da Economia Sergio Massa, gastou R$ 6,95 milhões, ou seja, quase três vezes a mais para tirar menos votos.
As pesquisas sobre as eleições de hoje (22.10) na Argentina apresentam números diferenciados, sendo a maioria favorável a Milei. Mas, assim como no Brasil, as pesquisas, nas primárias, ficaram longe da realidade. Em agosto, a coligação Liberdade Avança, de Milei, ficou com 30% dos votos surpreendendo as pesquisas que lhe davam apenas 20%.
Quem sabe hoje Milei se torna presidente no 1º turno, pois para chegar à cadeira mor da Casa Rosada o anarcocapitalista só precisa de 10% de votos acima do segundo colocado. Só que esse "só" é muita coisa. Mas o sofrimento caótico pelo qual passa o povo argentino com o governo de Alberto Fernández e o seu ministro da Economia e presidenciável Sergio Massa é "muita coisa" também.