Apesar da politização imediata de lideranças de Esquerda e de parte da imprensa, a principal linha de investigação do ataque que matou o irmão da Deputada Sâmia Bonfim (PSOL/SP) é de que houve um engano em relação às vítimas. O ortopedista Diego Ralf Bomfim, que tinha 35 anos, estava entre as vítimas do ataque a tiros na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O crime resultou na morte de três pessoas e no hospitalização de um dos quatro amigos que bebiam em um quiosque.
A TV Globo obteve as informações por meio de fontes ligadas às polícias. Uma das hipóteses é que o alvo original fosse um filho de um miliciano da região de Jacarepaguá. Ele seria parecido com uma das vítimas. No entanto, não se descartam outras linhas de investigação.
A suspeita é que os bandidos queriam executar o filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste. O filho de Dalmir é conhecido como Taillon. Dessa forma, ao avistarem o médico Perseu Ribeiro Almeida, o confundiram devido a uma certa semelhança física.
Os investigadores também acreditam que não houve planejamento para o crime. De acordo com os agentes, acredita-se que os criminosos teriam recebido uma informação sobre a localização da suposta vítima e decidiram agir imediatamente. Isso explicaria, também de acordo com fontes da TV Globo, o fato de um dos assassinos usar bermuda, o que é incomum em casos de execuções planejadas. Os demais criminosos estavam usando camisas e calças escuras, sem cobrir seus rostos.
O Departamento de Homicídios da Polícia Civil mobilizou equipes para conduzir a investigação. Um dos objetivos é reconstituir o trajeto do veículo que levou os criminosos à ação. A Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita de uma execução, visto que não houve roubo e os criminosos abriram fogo imediatamente. Testemunhas relataram que os agressores não proferiram nenhuma palavra durante o incidente.
Alguns políticos e parte da imprensa se apressaram para levar o crime para a esfera política. Antes mesmo de haver indícios e uma linha de investigação, o Ministro da Justiça Flávio Dino solicitou imediata participação da Polícia Federal nas investigações que cabem à Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A Deputada Jandira Feghali (PC do B/RJ), por sua vez, afirmou: “temos que ir fundo e rápido nesta investigação. O fascismo não vai prosperar no Brasil“. Jandira frequentemente atribuiu um suposto fascismo à Direita brasileira, o que deixa claro o propósito da mensagem da deputada comunista.
A militância de Esquerda nas redes sociais tentaram levantar o termo “Bolsonarismo Mata” na rede social X (ex-Twitter), mas o público não alimentou o discurso.