Um grupo de jovens atletas denunciou um professor de futsal por crimes sexuais, supostamente ocorridos durante os treinos, em Fortaleza. O homem, de identidade não revelada, agora é investigado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE).
O caso passou a ser apurado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) da PCCE nos últimos dias, após as vítimas divulgarem o caso nas redes sociais. Até o momento não há informação sobre possível mandado de prisão para o suspeito.
A reportagem do Diário do Nordeste ouviu uma das vítimas, que relata ter sido ameaçada pelo professor. Conforme a adolescente, o homem se aproveitava da função para abusar sexualmente das atletlas, tendo chegado a simular cenas de sexo. Os crimes teriam acontecido em um prédio onde anteriormente funcionava uma escola. O local só estaria funcionando nos últimos meses para sediar treinos e jogos.
"Ele apertava a minha cintura, dava em cima de mim. Quando eu ficava sozinha com ele, era pior. Apertava as minhas coxas e eu pedia para ele parar. Deitava por cima de mim e das outras meninas e fazia gesto como se fosse uma relação sexual. Eu pedia para parar e ele não saía", conta a vítima.
MASSAGENS
A adolescente relembra a vez que estava com dor no tornozelo e disse ao professor o que sentia. No dia, ele teria pegado uma pomada para passar no tornozelo dela, mas em poucos instantes chegou a tocar a virilha da menina.
A atleta afirma que após as primeiras denúncias teria recebido mensagens de outras ex-atletas dizendo que passaram por situações similares há alguns anos, praticadas pelo mesmo homem: "aí eu vim saber que isso acontecia há muito tempo e ninguém denunciava, porque ele sempre ameaça que se contar vai tirar do time".
Os abusos sexuais supostamente aconteceram no bairro Centro, onde funciona o clube de futsal. A Polícia diz que realiza diligências e oitivas para elucidar o caso e que "mais detalhes serão repassados em momento oportuno para não comprometer os trabalhos policiais".