Oito meses após o assassinato de Mayara Farias Barbosa, aos 29 anos, um empresário e um policial militar foram presos pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) pelo homicídio, ocorrido no local de trabalho da vítima, um restaurante em Fortaleza. O crime - que foi filmado por câmeras de segurança do estabelecimento - teria sido motivado por um processo trabalhista que a vítima moveu contra a empresa do ex-patrão.
A prisão do empresário Reginaldo de Brito Carneiro e do PM Daniel de Sousa Moreira foi realizada pela 8ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no último dia 6 de fevereiro, em cumprimento a mandados de prisão preventiva, decretados pela Justiça Estadual. Um terceiro suspeito de cometer o crime é procurado pela Polícia.
Reginaldo foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), no dia 31 de janeiro deste ano, por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante promessa de recompensa e por circunstância que dificultou a defesa da vítima) e Daniel, por homicídio duplamente qualificado (mediante promessa de recompensa e por circunstância que dificultou a defesa da vítima). A 5ª Vara do Júri de Fortaleza recebeu a denúncia e os acusados viraram réus, na última quarta-feira (8).
Mayara Farias Barbosa foi surpreendida e morta a tiros por um homem, enquanto trabalhava de garçonete em um restaurante no bairro Jardim Guanabara, em Fortaleza, na madrugada de 13 de maio de 2022.
As investigações do DHPP apontaram o policial militar Daniel de Sousa Moreira, conhecido como 'Cachorro Louco', como o condutor da motocicleta que levou o autor dos disparos - ainda não identificado - ao local do crime; e Reginaldo de Brito Carneiro, o 'Lourão', ex-patrão da vítima (em um bar no Quintino Cunha, em Fortaleza), como o mandante do assassinato.
A 8ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa continua as investigações, em busca de identificar o terceiro participante do homicídio. A reportagem apurou que existe a suspeita de que ele também seja um agente de segurança.