Em entrevista ontem (20.04) a uma FM local, o empresário e vereador Márcio Joias (PTB), afastado por 180 dias através de decisão judicial em resposta à Operação Aurantium, palavra em latim que significa LARANJA, disse que seu afastamento da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte/CE se deu por conta de um Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela esposa do policial e youtuber João Paulo Teixeira Ramos, a senhora Letícia Leandro, servidora pública e acadêmica de Direito. Nada mais falso
Quando o vereador diz que a operação se deu em resposta a um BO, coloca em dúvida a capacidade do delegado Giuliano Sena que demonstrou grande profissionalismo ao desenvolver a operação com a discrição e a seriedade que tal caso exige. É óbvio que o delegado, diante de sua experiência e sua esmerada formação, jamais abriria uma investigação de tal envergadura baseado exclusivamente em um BO. O vereador, no afã de se defender, ofendeu a inteligência da população juazeirense e, particularmente, dos radiouvintes da referida emissora. Dante de tal comentário onde teve seu nome citado, Letícia respondeu ao vereador à altura (VEJA O VÍDEO).
Em verdade, uma investigação de tamanha proporção é motivada pela existência de material documental robusto que aponte fortes evidências de ilicitudes. No caso específico dessa operação que envolve Márcio Joias, a provável existência de um esquema corrupto de fraudes licitatórias e lavagem de dinheiro ligando a empresa, operadores e Prefeituras. Como o próprio nome da operação diz, um esquema onde a empresa usada para a lavagem de dinheiro, cuja propriedade é atribuída a Márcio, tem à frente laranjas, ou seja, falsos sócios proprietários.
A Alfa Construção Comércio e Serviços Eireli passou a ser conhecida da população a partir do caso do flagrante preparado pelo vereador em seu escritório cujo endereço era o mesmo da empresa. Depois da prisão do youtuber João Paulo, vítima do flagrante, a Alfa recebeu uma série de pagamentos de restos a receber efetuados pelo governo Glêdson Bezerra (PODE), pagamentos esses que, em um primeiro momento, chegaram a quase R$ 1 milhão. Depois do escândalo e a consequente repercussão que o caso alcançou, a empresa teve seu endereço modificado, assim como também seus sócios proprietários. Em certo momento, a Alfa apresenta o compadre e ex-assessor de Márcio Joias, o senhor João Luiz, como sócio proprietário. Em outro momento, a propriedade aparece como sendo da senhora Maria Gabriela Lima Alves Ferreira. João Luiz e Gabriela são meros laranjas, como demonstra o padrão de vida modesto dos dois.
Nesse esquema de corrupção e laranjas, o delegado aponta ainda ex-vereadores.
A Prefeitura de Juazeiro do Norte precisa explicar os milhões que pagou a tal empresa, principalmente nos últimos dois anos. O prefeito Glêdson Bezerra tem que explicar o porquê do repasse milionário a uma empresa apontada como principal responsável nesse esquema de desvio do dinheiro público.
A população juazeirense espera ansiosa pelo desenrolar e, mais ainda, pelo desfecho das investigações - que demandará um bom tempo. É preciso esclarecer a relação da Alfa com a Prefeitura juazeirense, bem como a relação do prefeito com o vereador diante de todas as evidências que surgiram principalmente a partir da prisão de João Paulo que hoje está livre das cautelares e é testemunha histórica da reviravolta que coloca seu detrator como principal investigado nesse escandaloso caso de corrupção.
Brasil, cada um tem um jeito de roubar, Marcio joia sempre foi amigo do peito de Gledson e sua mamãe, rs
É muita imundície junta!!! Meu Deus, socorro!!!
Duvido fazer como eu e da as senhas dos celulares. Duvido!
Ha outros envolvidos dizem q até um servidor público dizem q em sigilo processual